“Enemy lines”
A segunda temporada de Wayward Pines arranca 3 anos depois da morte de Ethan Burke, e no que é que se tornou Wayward Pines? Bem, à primeira vista parece que a primeira geração conseguiu reestabelecer a ordem que Dr. Higgings procurou manter na comunidade anterior, pois todos os cargos profissionais foram repostos com caras novas. Quem governa agora é Jason Higgings (Tom Stevens), que quer a todo o custo seguir as pegadas do seu antecessor. Mas com uma comunidade tão jovem, é necessária experiência que só pode ser passada acordando alguém mais maduro, e assim uma nova personagem entra em cena – uma espécie de Ethan Burke, que se chama Theo Yedlin, e é um médico que parece só ter o propósito de ensinar à nova geração o seu ofício, e quando deixam de precisar dele, lançam-no aos Abbys.
Entretanto, sob a perspectiva de Theo Yedlin, interpretado por Jason Patric, contextualizamo-nos e apercebemo-nos no caos em que se tornou Wayward Pines. Primeiramente, quando este é transportado para o hospital e o veículo é atacado, mais tarde quando começamos a ouvir falar de Ben Burke e dos rebeldes, quando vê uma rocha brutalmente manchada de sangue, depois quando finalmente vemos Kate, que é das primeiras pessoas a quem o médico dá assistência, e esta é das primeiras pessoas a alertá-lo. Ao longo do episódio vemos também um reckoning – as regras estão todas de volta -, que é onde Theo se apercebe que há mesmo algo de muito errado a passar-se naquela comunidade.
Através dos flashbacks de Theo, não consigo parar de notar que, quando Pope o interceptou, eles começaram uma conversa sobre a experiência de um método de meter as pessoas a dormir e acordá-las mais tarde, que ele poderia saber como funcionava, e no qual ele poderia confiar uma vez que ele o criasse. Não sei se há algo aí por desvendar… Mas seria interessante.
Okay, sobre a história em si, sabemos que Ben Burke (Charlie Tahan) se rebelou há cerca de um mês e desde então é procurado, mas em vez de um badass eu vejo-o como uma linda princesa que me desiludiu no episódio inteiro com o seu talento de liderança. O miúdo aparece com o mau aspecto de um sem-abrigo mas está de facto a liderar um grupo bem organizado de sujeitos, que até estão tão bem infiltrados na comunidade e bem munidos de recursos. Então… porque é que o miúdo aparece assim? Parece um estudante universitário em tempo de exames finais.
Os rebeldes que ele comanda parecem estar a meio de algo grandioso, com pessoal que trabalha diariamente com Jason, a passar-lhes informações, mas depois o miúdo entrega-se para tentar poupar uns sacrifícios no reckoning e o grupo é desmantelado. Fim. O miúdo é atirado aos Abbys… MAHH como é que um miúdo cresce tanto para se tornar um líder de um grupo rebelde, tão bem organizado e acaba assim de uma maneira tão estúpida.
Ele prometeu que continuaria com a premissa do pai, mas eu não vejo nele um líder, não vejo nele a força para rebelar a comunidade, vejo nele uma princesa com coração de manteiga que precisa de um Monster que a acorde – um Abby talvez?
O que é terá instigado a rebelião? Pergunto-me eu.. e já agora, onde é que anda a mãe de Ben?
Depois, a bitch! Aquela bitch da Megan Fisher (Hope Davis) está de volta, não sei como – quero muuuito saber -, já senti vontade de ir partir lenha a pensar no assunto, quero que me paguem a mesa que parti com um table flip. Como é que é possível ela estar viva?! Numa cadeira de rodas? Depois daqueles Abbys todos passarem por ela? Eu atirei confettis nesse episódio, o que raio é que aconteceu entretanto!?
Sobre a Kate (Carla Gugino), damnit, eu queria tanto que ela tivesse esganado a cabra, cortando-lhe a garganta, e sufocando-a até lhe saírem as entranhas! Ver a Kate desistir assim da própria vida, caramba, custou-me, pensei que ela fosse morrer a lutar e nunca assim.. O que quer que tenha acontecido perto daquele mural de sangue, para ela achar que não teria outra hipótese na vida, deverá ser revelado nos próximos episódios, e eu quero muito saber mais sobre o que se passou até então.
Com Ben entregue aos Abbys e os rebeldes todos a entregarem-se, não vejo muito interesse ainda no futuro da história.