“Synecdoche”
Este episódio foi muito bom. Tinha ficado bastante de pé atrás quando vi o preview a semana passada e foi mostrado que o número que aparecia era o do Presidente dos EUA. Mas foi tudo muito bem executado.
Finch está numa missão própria. E finalmente temos conversas reais entre ele e a Máquina. A relação deles é bastante carinhosa e é impressionante a evolução da Máquina. Até o Finch ficou surpreendido quando a Máquina lhe disse que compreendia o conceito de amor e que ela amava a Root. Adoro descobrir estas camadas emocionais da Máquina e é difícil distanciarmo-nos do facto de ela ser de facto uma máquina e não uma pessoa. Saber que um ser complexo como a Máquina nasceu de simples códigos é assustador mas felizmente a Máquina tem um “coração” bastante bondoso. Claro que ela pede ao Finch para que lhe retire todas as amarras mas ele continua a resistir a esse pedido. Mesmo com amarras é impressionante o poder da Máquina, por exemplo quando põe os guardas da instalação militar uns contra os outros. Se ela tivesse poder absoluto podia fazer grandes estragos mas também salvar muito mais pessoas. O argumento dela é esse mas percebe-se a relutância do Finch. Claro que eu gostava de ver a Máquina com todo o seu poder mas começo a ficar com grandes dúvidas se iremos ver isso.
Finch introduz um vírus no sistema, mas que vírus será esse? Faltam apenas dois episódios para acabar a série e gostava que as coisas andassem mais rápido. Não vou gostar se deixarem tudo para o último episódio. Mas pronto, adorei a dupla Finch/Máquina.
Foi triste a Root ser enterrada sem ninguém a assistir, excepto o John e a Shaw. Mas ela lutou por aquilo em que acreditava e morreu por um ideal. Foi também bastante triste a Máquina dizer que ela conhece a dor como ninguém, porque revive os acontecimentos milhares de vezes. Milhares de vezes ela viu a Root morrer, e nas milhares de simulações o desfecho era o mesmo. Foi impossível impedir a morte da Root.
John, Shaw e Fusco seguem para Washington, D.C., para tentar salvar o Presidente dos EUA. Como disse no principio da discussão, foi tudo muito bem executado. Tinha medo que chegassem a interagir com o Presidente, e se isso acontecesse iria desvirtuar completamente a série. O Presidente, obviamente que não é um numero irrelevante, e por isso pensei que o Samaritano estaria por detrás da tentativa de assassinato. Também achei estranho várias personagens que a equipa salvou ao longo dos anos, aparecerem. O caso evoluiu bastante bem, foi leve, e não deram demasiado ênfase na missão. Ainda bem porque estamos a dois episódios do fim e tem de haver foco. E no final fui bastante surpreendido. Admite, não estavas nada à espera do que aconteceu. Afinal todas as personagens que apareceram fazem parte de uma equipa semelhante à do Finch. Todos trabalham para a Máquina e receberam os números do John, Shaw e Fusco. Isso foi bastante interessante. Pela primeira vez vimos um episódio do ponto de vista das vitimas.
Ora, então se o Presidente dos EUA é um número relevante e não era o Samaritano a atentar contra a sua vida, quer dizer que o Samaritano está-se completamente a cagar para a pessoa mais poderosa do Mundo. É assustador.