Netoge no Yome wa Onnanoko ja Nai to Omotta é uma adaptação para anime da obra de Kineko Shibai, adaptada para manga por Ishigami Kazui.
Hideki Nishimura é um jovem que tem uma terrível má sorte com raparigas. Devido a este facto, confessa o seu amor a uma Nekomata (rapariga gato) online. Tudo teria corrido bem, não fosse o facto do nosso amigo ter confessado os sentimentos a um homem de barba rija, que apenas jogava com uma personagem feminina por ser fofinha. Depois de verdadeiros momentos de Angry German Kid, Hideki jura nunca mais confiar em avatares femininos. No entanto, dois anos mais tarde, os papéis invertem-se, e uma rapariga confessa o seu amor online a Hideki. Ainda com o trauma bem presente no seu pensamento, será que ele vai aceitar?
Em primeiro lugar, o que separa Netoge no Yome wa Onnanoko ja Nai to Omotta de obras semelhantes é o facto de não parodiar personagens directamente, mas sim de parodiar, e de certa forma criticar, os vários sistemas e clichés presentes em MMOS. Por exemplo, homens barbudos com avatares fofinhas, os casamentos online, um jogador premium ter acesso a regalias e bens superiores num free-to-play, plot armors, existir uma rapariga na tua party e todos os homens tratarem-na com cortesia, enquanto outro tenta jogar e é complemente chacinado por não ter ajuda, e finalmente as culpas são todas do(a) priest. Estes elementos contribuíram para um humor muito próprio e bem explorado nesta série. O que não gostei foi o facto do protagonista já estar rodeado de um bando de raparigas, prevendo já aqui outro harém anime.
O estúdio de animação é o pouco conhecido Project no.9, que apenas animou um punhado séries, sendo talvez a mais conhecida e semelhante Saikin, Imouto no Yousu ga Chotto Okashiinda ga, por ter um traço e animação muito semelhantes. Ainda é cedo para passar o veredicto a Netoge no Yome wa Onnanoko ja Nai to Omotta, mas como primeiro episódio deixou, para já, momentos bem divertidos e diferentes neste tipo de séries.