Dark Knight III: The Master Race #2
Dark Knight III: The Master Race #2
23 de Dezembro de 2015
USA | 2015
DC Comics
O segundo capítulo de The Dark Knight III lança mais luz sobre o conflito da série e a misteriosa "Master Race".
Frank Miller, Brian Azzarello
Andy Kubert, Klaus Janson, Eduardo Risso
Brad Anderson, Trish Mulvihill
Andy Kubert, Brad Anderson, Frank Miller, Alex Sinclair, Klaus Janson, Jim Lee, Scott Williams, Cliff Chiang, Eduardo Risso, Trish Mulvihill
Bastaram dois fascículos de Dark Knight III: The Master Race para se poder dizer com segurança que esta é uma das bandas-desenhadas surpresa de 2015 – não apenas em termos de vendas, mas considerando a resposta às últimas BDs de Frank Miller, DKIII desafia todas as espectativas.
Miller e Azzarello começam aqui onde o último livro acabou – Carrie está presa, a gritar ao mundo que Bruce Wayne está morto; o Átomo está a tentar restaurar os encolhidos residentes de Kandor; e a Mulher-Maravilha está a ter problemas em conseguir com que a sua filha adote os costumes das Amazonas.
O enredo continua muito bom, pois nota-se que cada twist é intencional – as traições e surpresas são feitas de uma forma inteligente e divertida, com um nível de detalhe que faz com que a banda-desenhada seja um deleite para ler. E o pacing também se mexe de forma rápida, cada página de Kubert e Janson tendo um propósito específico.
No que toca ao departamento da arte, Kubert continua a mostrar o seu Miller interior, e o resultado continua a ser excelente – desde as sombras carregadas nas cenas de interrogação de Carrie, aos pensos no seu rosto, até o enorme Batmobile, é tudo sinal de um artista a pegar num estilo de outro e reinterpretá-lo; mas é, claro, sem dúvida uma homenagem e não uma cópia.
Tal como o número anterior, Master Race #2 também traz uma mini-BD extra, e nela a arte de Risso tem o seu estilo habitual, que também faz lembrar Miller em alguns aspetos, principalmente nas suas sombras e figuras. E embora a sua arte dependa um pouco demais das cores de Trish Mulvihill, principalmente nos backgrounds, as cores são vivas e de encher os olhos – e parecem também as de 300, outra banda-desenhada também de Frank Miller, pintada por Lynn Varley.
É oficial, então – depois de este fascículo, Dark Knight III: The Master Race já provou que é um verdadeiro sucesso, independentemente de quão as pessoas achavam que seria uma desgraça total.
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O que estão a achar desta série?
O conflito é ambicioso, com uma estrutura de páginas que brinca com o estilo já familiar de Dark Knight. A arte continua excelente e felizmente a escrita não lhe fica atrás.
É um livro menos denso e rápido que o anterior e a arte pode parecer para alguns fãs um pouco limpa demais às vezes.