“Oathbreaker”
O episódio de hoje começou onde o da semana passada nos deixou – Jon Snow acorda, e mostra-se compreensivelmente confuso. A primeira cena do episódio mostra-o a ser reconfortado por Ser Davos e por Melisandre, se bem que a “dama de vermelho” não seja grande conforto. Tal como já tínhamos dito aqui, Melisandre começou a acreditar que Jon Snow é o escolhido (“o Príncipe que foi prometido”, diz ela a Jon) para liderar as forças da Luz contra as forças do Mal, ou seja, as coisas que sairão do Norte durante o longo Inverno. O Jon não parece excessivamente entusiasmado com esta perspectiva. Ele sai e mostra-se à “Patrulha da Noite” (aos Selvagens), que começam a vê-lo como a um Deus. Ele parece ser a mesma pessoa, ficou feliz ao cumprimentar os poucos amigos que lhe restam (Tormund e Edd) e até fez uma piada; está apenas extremamente traumatizado. Parece uma pessoa em choque profundo.
Mais tarde no episódio, vemos aquilo de que eu tenho estado à espera desde a primeira temporada: a morte de Alliser Thorne. Foi um pouco anti climático – morreu como um verdadeiro homem, para meu desapontamento. Quatro homens foram executados, incluindo o rapazinho, Olly. Assumo que tenham sido esses quatro a esfaqueá-lo, mas não havia muitos mais homens lá? A maior parte dos “irmãos” de Jon traíram-no. Será uma boa ideia deixá-los ir sem castigo? No final da cena, Jon diz que a sua patrulha terminou. Entrega o seu manto a Edd, parecendo incumbi-lo da monumental tarefa de liderar aquele grupo desconexo. Parece que ele está a desistir de tudo, e suponho que o título do episódio se refere a ele e ao juramento que ele prestou. Mas é um facto que os homens da Patrulha servem até à morte – e o Jon já morreu. Por isso é que diz as palavras reservadas aos funerais dos Homens da Patrulha: “and now my watch is ended”. Tecnicamente, ele já não está ligado a ninguém por juramentos. Onde irá? Provavelmente para Winterfell, tentar lutar com Ramsay.
Depois reunimo-nos novamente com Bran e com o seu mestre, que continua a dizer que ele é especial, que esperou por ele durante milhares de anos, e que tem muito para lhe ensinar. Só que nós ainda não vimos nada para além do Bran a ser imaturo, a desobedecer e a queixar-se. O actor pode ter crescido, mas a personagem é claramente ainda uma criança, e fico à espera de ver alguma mudança dramática nele ao longo do resto da temporada. Enfim, veio a cena da qual estávamos todos à espera, a da “Torre da Alegria”. Mas o que aconteceu?
Um dos soldados que estavam em frente à torre era Ser Arthur Dayne, “a Espada da Manhã”. O outro deveria ser Oswell Whent, podendo também ser Gerold Hightower, já que ambos estão lá na versão que temos nos livros. Eles fazem parte da Guarda Real, o que quer dizer que devem estar sempre em serviço ao Rei louco Aerys ou ao príncipe Rhaegar. Estamos no final da revolta de Robert, em que a dinastia Targaryen vai ser destronada. Então, se o Rei e o príncipe já morreram, quem estão eles a guardar? Um Ned Stark muito jovem, mas com o mesmo sotaque fantástico, aparece acompanhado de seis colegas, e conseguem a custo de cinco vidas vencer. Howland Reed, o pai da Meera e do Jojen, salva a vida a Ned, como os filhos viriam depois a salvar a vida a Bran. Mas a cena corta logo no momento que todos nós estávamos à espera de ver, quando Ned vai a entrar na Torre, onde sabemos pelo mesmo Ned e pelo grito lancinante que se ouviu que está Lyanna, a sua irmã. Sabemos também que ela morreu, mas como? Porquê? Foi muito frustrante terem cortado a cena. Aliás, uma grande parte do episódio me deu uma sensação de algo prestes a acontecer mas que não chega a acontecer.
Daenerys chega a Vaes Dothrak. É relativamente bem tratada, mas é também informada de que o seu crime (não ter ido imediatamente juntar-se ao Dosh Khaleen quando Khal Drogo morreu) vai ser julgado. Poderá ficar lá, ou sofrer um destino terrível – a morte, talvez, mas penso que o pior castigo para ela seria a escravidão. Pode perfeitamente ser considerada culpada, e depois ser salva pelos seus galantes (bem, um deles) perseguidores enquanto aguarda a execução? Pelo menos isso parece-me o mais previsível. Mas, de novo, nada realmente aconteceu a Daenerys neste episódio.
Voltámos finalmente a ver Sam e Gilly! Estão num navio de caminho para Oldtown, a cidade onde se encontra a grande escola dos Maesters, e onde Sam vai estudar. Ele revela a Gilly (entre vómitos) o seu plano de a mandar para a casa dos seus pais em Horn Hill. Eles reiteram o seu amor um pelo outro, e Gilly refere-se a Sam como “o pai do meu filho”! Apesar de isso, obviamente, não ser verdade, é quase como se fosse, e é um momento muito bonito que torna a relação entre os dois mais profunda.
Vemos também, finalmente, o treino de Arya. Numa montagem que deve abarcar imenso tempo na linha real da história, vemos Arya a tornar-se boa a lutar sem a sua visão, a conseguir defender-se, usando os seus outros sentidos. No final, recebe os seus olhos de volta, ao beber a água (que sabemos estar envenenada) da fonte no centro da Casa do Preto e Branco. Ao que parece, esta estranha cerimónia significa que ela foi bem-sucedida em tornar-se “ninguém”, que desistiu da sua identidade como Arya Stark, o que me deixa profundamente triste. Seguimo-la durante tanto tempo enquanto tentava encontrar de novo a sua família, estando sempre tão perto, e agora, mesmo que voltar a encontrar Jon, Sansa, Bran ou Rickon, não será a reunião pela qual todos ansiamos, pois Arya já não existe.
Por falar em Rickon! Penso que foi essa a cena mais chocante e importante do episódio! Podemos recordar que Rickon se tinha separado de Bran quando este fugiu de Winterfell. Rickon tinha ido para Last Hearth, lar dos Umber, uns vassalos do seu pai, sítio chamado assim porque é literalmente a “última lareira” antes do grande Norte selvagem e da Muralha. Mas, claro, todos os nortenhos acabam por atraiçoar a causa dos Stark quando já não há mais Starks. O Lord Umber, zangado e temeroso por Jon Snow ter deixado passar um exército de selvagens tão perto das suas terras, pede ajuda a Ramsay “Bolton” e oferece-lhe como prova de vassalagem (já que, estranhamente parecidos com os selvagens que tanto odeiam, os Umber são gente rude e orgulhosa, e não têm intenções de ajoelhar) o já mais crescido Rickon, Osha, a sua protectora, e a cabeça do lobo gigante de Rickon, Shaggydog. Então, dos seis lobos que foram encontrados no primeiro episódio da primeira temporada, já apenas três se mantêm vivos.
Em Meereen, vemos mais ainda do contraste entre as culturas de um e do outro lado do Mar Estreito. Tyrion não se consegue relacionar minimamente com Missandei e com Grey Worm, e tudo se torna muito desconfortável e tenso quando ele tenta! Varys, claro, continua a ser Varys, e a conseguir as informações das quais precisa enquanto ajuda aqueles que mais precisam de ajuda. Outro “mestre dos sussurros”, como Qyburn, poderia ter torturado a jovem rapariga, o que teria sido um método muito mais rápido. Varys, em vez disso, salvou-a e fê-la rica. Descobriu, assim, que os responsáveis pelo caos que há em Meereen são os governos locais das cidades vizinhas: Yunkai, Astapor e Volantis. Grey Worm e Missandei parecem ansiosos por atacar, mas como? Apenas Tyrion tem juízo naquela cidade. Eles já estão na miséria, sem forças sequer para se defenderem. Se tentarem atacar seja quem for, vão perder a cidade e serão todos novamente escravizados.
Em Porto Real, vemos Cersei e Jaime a ser desprezados pelo Conselho, o que não os deveria surpreender demasiado. Vemos também Tommen a transformar-se cada vez mais num rei, a mostrar coragem e determinação e a opor-se ao Alto Pardal. Porém, o velho é muito bom com as palavras, e Tommen, na minha opinião, é demasiado fácil de manipular. Qualquer pessoa consegue persuadi-lo seja do que for. Como pode um rapaz assim ser rei? Houve um momento assustador no qual Tommen disse ao Alto Pardal: “Eu sou o rei!”, e todos nos recordámos o que Tywin Lannister lhe respondeu: “Qualquer homem que tem que dizer, “eu sou o rei”, não é um verdadeiro rei.”
Achas que vamos ver o resto da cena da Torre da Alegria nos próximos episódios?
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Daniel Álvares
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inês
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Daniel Álvares
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Sofía Galego Silva
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Daniel Álvares
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Daniel Álvares
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