Chega hoje o terceiro Throwback Thursday, depois do Throwback Thursday sobre as séries da Marvel e dos filmes da Marvel.
O primeiro super-herói da DC a aparecer no grande ecrã foi o Batman em 1943. Este The Batman and The Electrical Brain teve a particularidade de introduzir a ideia da Bat-Caverna, que só depois seria adoptada pela banda desenhada.
Durante os anos 50 a DC lança dois filmes do Super-Homem. O primeiro, chamado Superman and the Mole Men de 1951, foi filmado inteiramente em 12 dias, e conta a história de como o Super-Homem impediu o conflito entre a população de uma pequena aldeia onde o poço de petróleo mais fundo do mundo foi inaugurado, e atingiu a casa subterrânea dos Homens Toupeira, que quando saem para explorar a superfície, matam um guarda de susto.
O segundo, Stamp Day for Superman, de 1954, conta a história de como o Super-Homem impede um roubo de um homem que rouba porque nunca se deu ao trabalho de poupar comida.
Era assim tão moralista!
Em 1966 é lançado o primeiro filme do Batman, Batman: The Movie, que se viria a tornar um filme de culto. O seu estilo deliciosamente camp, um Batman interpretado pelo inimitável Adam West (que se viria a tornar um meme ele próprio) e um conjunto de vilões extremamente bem interpretados, fariam deste filme um marco na história do cinema de super-heróis, para o bem e para o mal.
Em 1978 viria o filme que realmente cria o género de filmes de super-heróis que conhecemos hoje, Superman.
Foi o filme mais caro feito até essa altura, com um orçamento de 55 milhões de dólares. Tinha também um elenco de estrelas, incluindo Christopher Reeve, Marlon Brando, Gene Hackman como o vilão Lex Luthor, Terence Stamp e Ned Beatty.
O filme viria a receber 3 nomeações para os Oscares, e ganhar o Óscar para melhor montagem.
Os anos 80 foram definitivamente os anos do Super-Homem, com mais três sequelas, Superman II (1980), que teve uma produção muito complicada e que acabaria por ter um Director’s Cut lançado em 2006, Superman III (1983) com o Comediante Richard Pryor, Superman IV (1987) que foi um falhanço de bilheteiras de tão mau que era, e até um filme da Supergirl (1984), com a Helen Slater e a Faye Dunaway.
Durante os anos 80 a DC lança ainda mais dois filmes razoavelmente desconhecidos baseados noutra personagem razoavelmente desconhecida. Swamp Thing (1982) é baseado na personagem do mesmo nome, e é o primeiro filme de ficção científica do realizador Wes Craven, clássico realizador de filmes de terror, conhecido pelos filmes do Freddy Krueger.
O filme tem boas críticas, mas provavelmente por ter sido lançado no meio de tantos filmes do Super-Homem não conseguiu ser mais conhecido. Foi seguido em 1987 por uma sequela muito pobrezinha.
A DC lança o primeiro Batman em 1989.
Realizado por Tim Burton, o filme é gótico, icónico, apresenta um Batman com uma caracterização interessante feita pelo Michael Keaton (até então associado a filmes de comédia), um vilão fantástico com o Joker do Jack Nicholson. O papel de Joker tinha sido originalmente oferecido a Robin Williams.
O filme vai buscar o tom pesado e temas sérios a bandas desenhadas como a Killing Joke do Alan Moore e o Dark Knight Returns do Frank Miller.
Um filme que viria a ganhar um Oscar e tornar-se um filme de culto.
A DC, aproveitando o sucesso e popularidade de Batman, domina os anos 90 e lança 3 sequelas do Batman.
Batman Returns (1992), volta a ser realizado por Tim Burton que desta vez tem muito mais controlo criativo e isso nota-se. Gotham está mais gótica que nunca e o Penguin é completamente assustador. O filme é nomeado para 2 Oscares.
Exactamente por causa disso o filme não tem assim tanto sucesso nas bilheteiras, e a sequela Batman Forever (1995) é muito mais colorida e amigável, e é nomeada para 3 Oscares. O papel de Riddler interpretado pelo Jim Carrey foi oferecido a Robin Williams que recusou por não ter sido aceite no primeiro filme.
Com o sucesso de Batman Forever, a Warner Bros. decide que quer uma sequela rapidamente e volta a contratar Joel Schumacher para realizar. Batman and Robin (1997) que tenta capturar o mesmo estilo camp dos anos 60, mas falha redondamente e é arrasado pela crítica.
Em 1997 a DC ainda tenta lançar um herói obscuro, John Henry Irons um herói de suporte do Super-Homem, interpretado pelo Shaquille O’Neal, e acho que todos percebemos que isso nunca iria funcionar. O filme recebe péssimas críticas, sendo comparado a um “desenho animado de sábado de manhã”.
Em 2005 chega um reboot do Batman, pelo realizador Christopher Nolan, que conseguiu criar um ambiente realista, noir, muito mais pesado e introspectivo, com uma paleta de cores escuras, um Bruce Wayne interessante com Christian Bale, e um vilão apelativo com o Scarecrow.
Batman – O Início tem uma boa recepção por parte do público e sucesso nas bilheteiras, estabelecendo um padrão de filme de Super-Heróis mais realista do que antes, e sendo nomeado.
A DC aposta na personagem do Batman, e em 2008 lança O Cavaleiro das Trevas, mais uma vez realizado pelo Christopher Nolan e que pelo seu ambiente pesado, paleta de cores escuras, urbanamente gótico e com o que deve ser o melhor vilão do Batman até agora, o Joker interpretado pelo Heath Ledger, o filme mostra ao público que os filmes de Super-Heróis podem ser sérios, maduros e extremamente artísticos.
A DC tenta diversificar os seus heróis durante os anos de 2010 para a frente, mas com sucesso muito variável. O Watchmen: Os Guardiões em 2009 teve muito boas críticas, mas sucesso mediano nas bilheteiras, o Jonah Hex de 2010 é arrasado pelas críticas e um flop comercial, bem como o Green Lantern – Lanterna Verde de 2011.
A DC termina durante esta fase a trilogia de Batman do Christopher Nolan, com o O Cavaleiro das Treveas Renasce (2012), e que volta a ser um sucesso. Nolan já anunciou que não vai fazer mais filmes do Batman, o que significa que a WB/DC tem de arranjar outro actor para fazer de Batman, e já arranjou o Ben Affleck.
Em 2014 chega o Homem de Aço, o mais recente reboot do Super-Homen, que acabou por não ter tanto sucesso como se esperava, sendo criticado por ser monocromático, por ter um ritmo lento e no fim demasiada destruição gratuita, com pouca profundidade de personagens.
E assim termina mais um Throwback Thursday.
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