Big Order é uma adaptação anime do manga de Sakae Esuno, o célebre mangaka de Mirai Nikki. Esta obra também foi serializada na Shounen Ace, e conta já com sete volumes.
Hoshimiya Eiji é um rapaz anti-social, solitário e depressivo. Este guarda um terrível segredo, é um Order. As fadas deste mundo concedem desejos a quem as encontrar, tornando estes em Orders.
Há alguns anos atrás, enquanto criança Eiji, ele desejou a destruição do mundo, numa tentativa inocente de emular o seu super-herói favorito. O facto é que a humanidade sofreu pelo seu egoísmo, incluindo a sua irmã mais nova, o único ser humano em que este ser autista confia e quase venera. Por essa razão, Eiji negou-se a usar os seus poderes desde então. No entanto, certo dia encontra-se com Kurenai Rin, uma rapariga psicopata, que também é uma Order e deseja vingar-se do jovem porque perdeu os seus pais no incidente que ele provocou há uma década atrás. Com a humanidade atrás de si, poderá Eiji sobreviver?
Todos sabemos que Sakae Esuno esteve por trás de Mirai Nikki, mas criar o mesmo conceito e elementos para outra obra, acho um pouco falta de imaginação, e até de receio. Como sabem, embora continue a ser publicado, Big Order está longe de atingir o mesmo sucesso da sua anterior obra, e muito desse panorama penso que seja por criar quase um Mirai Nikki com novas skins. Se não concordam comigo, vamos analisar:
- Rapaz depressivo, check.
- Rapariga fofinha, mas psicopata, check.
- Seres que concedem desejos, check.
- Grupo de pessoas especiais que se querem matar umas às outras, check.
Como vêem, é mais do que coincidência, porque até mesmo no grupo de excentricidades temos um Twelve. Talvez a única diferença que encontro é mesmo o protagonista ser mais interessante, independente, e não dar vontade de espancar como o Yukki. Isto para já, porque ainda é um pouco cedo para determinar onde Big Order vai chegar e o que vai alcançar.
Mas nem tudo o que vimos foi considerado falta inspiração e conteúdo, porque quando comparado com a sua anterior obra, a nível de escrita, Big Order parece estar uns pontos acima. O mundo em si é mais interessante, muito pelas suas desigualdades sociais, Kurenai Rin não se aliar ao protagonista (que infelizmente penso que irá, ainda mais pelo final de episódio controverso). O protagonista, esse, será uma personagem mais interessante, com uma forma de ser e estar completamente diferente da sua maninha, Gasai Yunno e, finalmente, o reverso do desejo está mesmo muito bem escrito, e fez-me pensar sobre o “lado B” dos desejos.
A equipa responsável é, novamente, o estúdio Asread – sim, novamente outro indicador de Mirai Nikki. Porém, desta vez, e também pelos meios de animação mais modernos e superiores, penso que teremos uma obra com um nível de animação bem mais elevado. Também gostei do facto de muita da banda sonora ser ambientada, tanto de temas mais modernos, como musica electrónica, como de jazz, consoante a natureza da sua acção.
Resumindo, se és fãs de Mirai Nikki, não deves perder Big Order.