“Portage”
Tivemos de esperar 8 semanas para termos um bom episódio de Vikings. Finalmente!!
Este episódio geriu muito bem os 4 pólos da história e todos foram interessantes. Isto prova que a força da série não está só em Ragnar, mas que o calcanhar de Aquiles desta temporada tem sido a escrita. Basta escrever um episódio aliciante e todos os pólos funcionam.
Em Franquia, Ragnar bate em debandada e compreensivelmente ninguém entende essa atitude. Um viking não desiste. Claro que Harald Finehair só quer ter um pretexto para destronar Ragnar mas a desilusão de Bjorn para com o pai é o mais importante. Ragnar sempre foi um figura imponente para Bjorn, que transpirava respeito. E quando o filho já não vê o pai dessa maneira algo está errado. Por outro lado temos Lagertha que continua a confiar cegamente em Ragnar, provando que ainda o ama. E claro num momento de lucidez louca Ragnar decide içar os barcos pelo penhasco e leva-los por terra até ao outro lado do rio. Foi importante para Floki sentir que Ragnar confia nele para fazer algo importante. Acho que era só isso que Floki precisava. Sentir-se útil para com Ragnar.
Não percebo a Torvi. Erlendur ameaçou-a a matar Bjorn ou então ele mata o seu filho. Qual é o drama dela? É só ir ter com Bjorn e Lagertha, contar-lhes tudo e Erlendur deixa de existir. Fácil. Mas pensei mesmo que Erlendur tinha matado Bjorn.
A cena de Ragnar a matar a Yidu foi bastante fria e não estava nada à espera. Ragnar confiou demasiado nela, o vicio da droga ajudou, mas não estava a contar com isto. Foi inesperado e brutal. No princípio pensei que estava a fazer aquilo só para a assustar mas quando me apercebi que ele não a tirava da água, a minha boca abriu e soltou um longo wooooow.
Em Paris, Rollo passa a ser o protector da cidade e Odo sofre as consequências das suas ambições. Gostei das movimentações desse pólo, foi aliciante. Não estou muito investido nessas personagens mas confesso que foi um bom episódio para Paris.
Em Kattegat, Aslaug descobre que Harbard anda a saltar de mulher em mulher. Coitadinha, queria ele só para ela. Não gosto da Aslaug. Sei que Ragnar a trata abaixo de cão e ela não merece mas ela é demasiado fraca, demasiado frágil. Não se impõe. As minhas certezas sobre Harbard são ténues. Por um lado ele parece ser um simples aproveitador mas sabemos que há algum poder místico ao seu redor. É uma personagem intrigante.
E chegamos ao ponto mais forte deste episódio, Wessex. Eu sei, eu sei que estou a dizer que o pólo mais forte do episódio não tem nada a haver com vikings, mas é verdade. Ecbert só não mata Kwenthrith porque descobre que ela carrega o seu neto. Foi um revés ao seu perfeito plano de destronar Kwenthrith e apoderar-se de Mercia. Mas isso levanta duas questões. Ecbert traiu alguém próximo e por isso falhou ao olhos de Deus mas, principalmente falhou para com Judith. Ele tenta-se desculpar, dizendo que foi obrigado a tornar-se Rei de Mercia mas todos nós sabemos que o plano sempre foi esse. O problema nisto tudo é que ele ama Judith e o seu perdão é imprescindível. Judith, por outro lado, está à sua mercê porque é ele que a protege para que possa fazer tudo o que não é permitido às mulheres. No final, quando Kwenthrith está quase a assassinar Ecbert, Judith faz o impensável e mata uma mulher grávida, tirando duas vidas, uma delas pura e sem pecados. Isso trará consequências psicológicas para Judith que se irá reflectir na relação que mantém com Ecbert.
Este episódio foi muito bom e pela primeira vez estou empolgado para ver o que vai acontecer a seguir.