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Perto de uma semana do lançamento do novo título da Square Enix, desenvolvido pela Tri AceStar Ocean: Integrity and Faithlessness foi a promessa que a Square nunca deveria ter feito! O jogo saiu no passado dia 1 de Julho para os sistemas Playstation 4 Playstation 3 (versão exclusiva do Japão), e possivelmente o erro esteve aí.

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A ação de Star Ocean 5 decorre no planeta Faykreed, que fica a 6000 anos luz do planeta Terra. Para quem já é conhecido da série, a história passa-se entre Star Ocean: The Second Story Star Ocean: Till the End of Time. Faykreed IV é um planeta subdesenvolvido que está em guerra e onde o caos se instalou, ainda mais, depois de um contacto com uma civilização mais avançada: Kronos, que acabou por “ajudar” nos acontecimentos que estavam a decorrer no pequeno planeta – mesmo se isto significasse infringir regras intergalácticas.

Espera um momento… não tinha já morto aquela bomba com a Lightning!?!? Ahhh não, foi com o snow.

No meio da confusão toda acabamos por não perceber muito bem a história, visto esta ter sido muito pouco desenvolvida e ser fraca em conteúdos. A aventura começa com Fidel e Miki que se encontram rapidamente no meio de uma invasão do inimigo do reino de Trei’kur, que quer desesperadamente apoderar-se do reino de Resulia. Após conseguirem expulsar as forças invasivas, os dois heróis decidem partir para a capital de modo a pedir auxílio. Durante a sua primeira viagem deparam-se com algo que nunca viram, uma nave espacial a colidir perto da aldeia deles – decidindo ir ver do que se tratava encontram-se misturados numa embrulhada em que uma pequena menina foi raptada pelas forças intergalácticas de Kronos (o inimigo da Federação). Após salvarem Relia, que demonstrou ter estranhos poderes, decidem ajuda-la a fugir de Kronos e tentar descobrir mais acerca do seu passado e dos seus poderes, que aparentemente não consegue controlar.

O jogo apresenta uma grande inconsistência na história, os novos protagonistas aparecem de uma forma completamente aleatória e alguns parece que estão lá só para dizerem uma ou duas frases de vez em quando – nem se quer nos foi feita uma apresentação inicial do jogo, começando a partida logo num tutorial. De facto os personagens chamaram-me tanto à atenção que só consegui decorar o nome deles passadas 10h de jogo, quanto aos antagonistas ou personagens secundárias… nem me perguntem como se chamam, havia um… Alma, sim! O chefe dos maus. De resto a pobreza no desenvolvimento de todos os personagens do jogo fizeram com que eu não prestasse muita atenção e que quisesse acaba-lo o mais depressa possível!

Percorrendo a “história” do jogo, as 5 cidades, 7 mapas regionais e alguns calabouços, treinando razoavelmente bem e fazendo algumas missões secundárias, o jogo termina com meras 25h de gameplay, o que para um RPG e uma série desse nível é demasiado pouco. Quando estamos a jogar temos a sensação que o jogo não foi acabado e que poderiam ter apostado muito mais nele, para além de terem abusado no uso de certos mapas (que acabamos por visitar umas 15x no jogo).

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Em termos gráficos levamos um murro no estômago, visto que o jogo foi claramente desenvolvido para a Playstation 3 e portado para a Playstation 4 com uma pequena remasterização. Algumas texturas apresentam um trabalho mal elaborado, os mapas carecem, e muito, de detalhes (como mais plantas, árvores e outros), passos na areia e na neve traz-nos memórias do tempo da PS2 (em que eram inexistente), os efeito meteorológicos foram muito mal programados, visto em algumas situações nevar dentro de caves… De facto a única coisa gira nos gráficos são os modelos das personagens, dos monstros e as iluminações/sombras. Por falar em modelos… podiam ter sido mais imaginativos, visto haver monstros “copiados” de Final Fantasy XIII e da série Tales of.

A nível sonoro, Star Ocean: Integrity and Faithlessness apresenta uma linda composição musical e um bom voice acting que tentou seguir o “horrivel script” que lhes foi dado… Por momento pensei que estivesse a jogar o primeiro Resident Evil! Algumas falas não colam e são completamente desnecessárias – tentando chegar ao nível dos skits da série Tales of, a Tri Ace deveria ter sido um pouco mais… criativa! Sem falar que as principais falas do jogo foram colocadas de tal modo que a nossa atenção é sempre roubada por outras coisas.

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O sistema de batalha e de evolução dos personagens é o que salva o jogo! O sistema foi muito bem desenhado e integra-se bem no mesmo, porém… e com muita pena minha, a IA da nossa equipa é péssima! Atrapalham mais do que ajudam! Desde os colegas que não se sabem defender e acabam sempre por morrer, à curandeira que não cura nada (mesmo tendo os atributos todos no nível máximo), à maga negra que usa elementos que curam os monstros, enfim… as prioridades foram muito mal desenhadas e programadas. Em vez de criarem um sistema onde podemos seleccionar o comportamento dos nossos “amigos”, não… temos que lhes por habilidades que vão, supostamente, desencadear determinado comportamento neles…

À medida que vamos avançando no jogo também nos vai ser possível desbloquear um sistema de criação de objectos, equipamentos, materiais e outros – assim como de evolução do nosso arsenal. Este sistema foi muito bem elaborado e pensado, para além de ser muito rico em conteúdo! Proporcionando assim uma grande liberdade na evolução dos nossos equipamentos e personagens! Muitos dos sistemas do jogo são desbloqueados após completando missões secundárias.

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Concluindo, Star Ocean: Integrity and Faithlessness foi uma grande facada dada pela Square Enix. O jogo foi subdesenvolvido e parece nunca ter chegado a ser acabado, visto não conseguir ter um início, meio e fim consistente. Os personagens foram criados de uma forma aleatória não dando grande vida ao jogo, tirando alguns momentos – e a equipa poupou-se bem em programar correctamente o jogo, visto que este parece nos ter dado um chuto de volta para a Era da Playstation 2 em que não se podia fazer grande coisas devido a limitações dos programas da altura (mudar de mapa com um fade out sem haver uma animação de abertura de porta é tão ’90s). Tirando isto, os grandes fãs de RPGs vão achar piada em completar o jogo uma vez, mas não vai passar muito mais do que isso – visto não haver muito por explorar e os recursos serem demasiado utilizados e, até abusados, fazendo com que estejamos sempre a viajar para as mesmas regiões.

Custou-Mas-FoiO que significa isto?

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Era este o regresso da série que estavas à espera?

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