1995, pela primeira vez o mundo aventura-se em experiências completamente 3D. Muitas delas foram experimentações enquanto outras transformaram-se em autênticas lendas, que ainda vivem nos dias de hoje. É precisamente de uma delas que vou falar neste artigo. Tomb Raider começou por ser uma resposta de: como seria se o intrépido arqueólogo Indiana Jones fosse uma mulher? A resposta dá pelo nome de Lara Croft, uma arqueóloga britânica milionária, que troca as festas dos jet7 e chás em sua casa, por lugares exóticos e túmulos por revelar e explorar.
O primeiro jogo (nos dias de hoje já bem datado) foi uma autêntica revolução! Não só redefiniu standards em jogos de aventuras e grafismos, como mostrou que um videojogo pode e deve ter a mesma imersão que um filme ou série de TV.
Neste primeiro jogo a Lara é contratada para descobrir o artefacto Scion, que segundo reza a lenda é um artefacto de grande poder, e quem o obter terá a chave para desvendar a misteriosa cidade da Atlântica. Claro que isto é o que a organização Natla faz a Lara acreditar; a sua presidente desejava o Scion como uma fonte de poder para criar guerreiros genéticos perfeitos e com eles subjugar o mundo.
Escusado será dizer que a Lara põe fim aos seus planos. A sua primeira aventura foi lançada em 1996, para as consolas da quinta geração (Sega Saturn e Playstation) bem como para PC.
Um ano mais tarde Lara parte para uma nova aventura. Em Tomb Raider II: Starring Lara Croft (de salientar o sub título), Lara procura pela sagrada adaga de Xian, uma arma usada nos tempos antigos pelo Imperador da China; ao mergulhar a espada no coração de um pessoa, esta tem o poder de transformá-la num dragão. Claro que a Lara não está sozinha nesta busca, Marco Bartolli, um líder de uma máfia veneziana, também procura por este artefacto. Começa assim uma corrida pela adaga com o destino da Terra em jogo!
Esta segunda aventura teve um grafismo mais cuidado, veículos, mais e melhores ambientes, puzzles mais variados e uma história bem mais emocionante. A segunda aventura da senhora Croft, esteve disponível apenas na Playstation e PC.
Pensavam que a Lara tinha abandonado as suas expedições? Se sim estão muito enganados. Em 1998 com Tomb Raider III: The Adventures of Lara Croft, a nossa arqueóloga favorita, procura pelos pedaços do meteorito que atingiu a Antárctica, quando esta ainda era uma superfície verdejante. Estes pedaços de meteoritos conferem poderes ao seu utilizador, acelerando a sua evolução. Com novas mecânicas Lara pode sprintar durante uns segundos e pela primeira vez pode conduzir uma moto-quatro. No entanto em relação à história (que não vou revelar porque tem de ser jogada por vocês mesmos), sentiu-se a primeira decadência de Lara. Os jogos, embora muito bons, eram muito semelhantes.
Apertem os cintos porque nas próximas entregas vamos descer a pique. A terceira entrega foi lançada novamente para Playstation e PC. No final dos anos a Core Design, os criadores originais de Lara Croft, quiseram revelar ao mundo pela primeira vez o passado de Lara antes de ser o que conhecemos. Em Tomb Raider: The Last Revelatio, ao início acompanhamos uma jovem Lara, ainda muito inexperiente, e o seu mentor Werner Von Croy. Ao contrário dos anteriores jogos, ao invés de adicionadas novidades foram retirados elementos.
Toda a acção passa-se num único lugar, o Egipto, onde Lara sem querer liberta Seth,e descobre que a única maneira de o travar é libertar o Deus daluz Horus para que possa combater Seth. Mas a que preço? é precisamente esse o nosso título a analizar. Não sei se a Core quis voltar às raízes ou reinventar as aventuras da miss Croft, mas reparem como este quarto capítulo não é numerado. Pela primeira vez Lara esteve disponível numa consola de sexta geração (a Sega Dreamcast) bem como as já tradicionais plataformas Playstation e PC.
O quinto e muito controverso, Tomb Raider: Chronicles, começa com as pessoas mais chegadas da nossa arqueóloga favorita a reunirem-se na sua mansão, num dia cinzento e chuvoso, enquanto se relembram das aventuras dela. Supostamente Lara morreu às mãos de Seth. Será que sim? Joguem para sabê-lo. Eu considero este o último capítulo das suas aventuras iniciais, até porque foi o último título da sua criadora original. A partir daqui Lara tenta reencontrar a forma que outrora teve, séries como Resident Evil ou a novíssima Shenmue eram bem mais apelativas e interessantes. Lara parecia estar parada no tempo e era preciso fazer algo rapidamente.
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Lê a Parte 2.
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