Quando Stephen King foi anunciado em 2003 como vencedor da medalha pela distinta contribuição às letras Americanas, o ilustre crítico literário Harold Bloom disse que tal só provava a idiotice da organização, o National Book Awards.
E agora, mais de uma década depois, em 10 de Setembro, o próprio Presidente Barack Obama vai apresentar o romancista com a Medalha Nacional de Artes dos Estados Unidos.
Este é o maior prémio para artistas dado pelo governo americano, e é uma medalha que vai apenas para aqueles que são «merecedores de reconhecimento especial por motivo das suas notáveis contribuições para a excelência, crescimento, suporte e disponibilidade das artes nos Estados Unidos». King – autor de dezenas de romances bestsellers que variam de Shining a It – Palhaço Assassino – foi descrito como «um dos escritores mais populares e prolíficos do nosso tempo», que «combina a sua extraordinária narrativa com a afiada análise da natureza humana».
«Durante décadas, as suas obras de terror, suspense, ficção científica, e fantasia aterrorizaram e encantaram o público por todo o mundo», disse o National Endowment for the Arts, numa citação que será lida por Obama em 10 de Setembro – palavras muito diferentes das de Bloom em 2003, quando o crítico e académico disse ao New York Times que King escrevia «o que costumava ser chamado penny dreadfuls», um termo pejorativo para a literatura em série barata produzida durante o Século XIX, e acrescentando também «que [os National Book Awards] acreditarem que há qualquer valor literário neles ou qualquer realização estética ou sinais de uma inteligência humana inventiva é simplesmente um testemunho da sua própria idiotice».
I guess I’m going to be awarded the National Medal of Arts next week. I’m amazed and grateful. Congratulations to all my fellow honorees!
— Stephen King (@StephenKing) 3 setembro 2015
Acho que vou ser premiado com a Medalha Nacional de Artes na próxima semana. Estou espantado e agradecido. Parabéns a todos os meus colegas homenageados!
A lista de antigos vencedores desta medalha inclui Ray Bradbury, John Updike, Philip Roth, Maurice Sendak, Harper Lee e Maya Angelou.