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“Calling the Vasty Deep “

Água, água, água! Por todo lado, a água vai surgindo. Desculpa a minha ignorância, mas ainda não consegui entender, ao certo, o significado da água que surge sempre nos cenários do inconsciente das personagens. Porém, talvez seja melhor expor o meu raciocínio hipotético: eu creio que a água significa a existência de vida, ou seja, existe vida no “inconsciente colectivo” das personagens; por outro lado, a água surge sempre em movimento, como se fosse criar uma inundação, o que me leva a ideia de mudança (quando existem inundações ou cheias, a água leva aquilo que construímos e deixa tudo a nu, dando-nos assim a possibilidade de construir tudo de novo com uma maior consistência). São meras hipóteses…

Como referi na discussão anterior, as personagens principais ainda se estão a ambientar à ideia de viverem um sonho com contornos extraordinários. As suas interrogações são meramente pessoais. A possível ligação entre as personagens, apesar de já terem sido discretamente divulgadas, ainda não foram desenvolvidas – relembro-me que no primeiro episódio, Tess e Burton cruzaram-se num prédio trocando apenas um olhar, nada demais. A sensação com que fiquei depois de ver este segundo episódio foi de que a distinção entre sonho e a realidade ainda não está completamente definida – nem para as personagens, nem para os espectadores.

falling-water

Existem diversos momentos em que não é perceptível a tal distinção. As cenas são demasiado ambíguas, o que dificulta a nossa interpretação. Ainda assim, acredito que esta indefinição seja apenas visível nestes primeiros episódios, depois, existirão certamente alguns pormenores que nos elucidarão sobre em que realidade é que as personagens estão, de facto. Aliás esses pormenores soslaios já surgiram – a viúva do colega de Burton, queima-se com cigarros para distinguir o sonho da realidade.

Topeka

“Topeka”. Esta é, definitivamente, a palavra-chave para desmistificar toda a série, pelo menos por agora. Ficámos a saber que a palavra significa sítio para plantar batatas. Todavia, a palavra já foi utilizada em diferentes contextos, com as diferentes personagens. Em cada um dos casos, a palavra Topeka definiu sempre algo incógnito. Tanto com Taka como com Burton a palavra surgiu sempre num contexto onde a distinção entre a realidade e o sonho não era nítida. Contudo, a palavra é uma marca real. E pelo que analisei, creio que existe uma espécie de seita no mundo inconsciente que se auto-intitula com esse nome. Certamente que essa seita terá um objectivo, mas ainda não consegui definir qual.

O papel de Tess até agora tem sido aquele com mais preponderância. Ela é a única que tem conhecimento do método desenvolvido por Bill Boerg. E creio que não seja por acaso. A sua inquietação em relação à existência, ou não, do seu filho foi a mais esmiuçada e percebe-se bem porquê. A imagem do seu possível filho está constantemente associada à palavra Topeka e aos sonhos de todas as principais personagens. É fácil de aderir à ideia de que o seu possível filho, ou até mesmo Tess, sejam o elo de ligação entre as pessoas do mundo real e as do mundo inconsciente. Veremos…

O que significará a água?

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