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“The Game Plan”

Esta semana vou colocar o holofote numa personagem diferente das que tenho vindo a destacar porque esta semana, para variar, as minhas cenas favoritas não pertenceram a Randall mas sim a Kevin. Sim, isto quer dizer que vou começar pelo fim, mas adorei tanto os últimos momentos deste episódio que não consigo deixar isto para depois. O Kevin tem se vindo a revelar exactamente como a irmã Kate o descreveu no primeiro episódio: bastante mais do que aparenta (ou quer mostrar) ser. Estamos a falar de uma personagem que, embora esteja num estatuto elevado e tenha fama, não pára de duvidar daquilo que é capaz.

Isto torna-o mais interessante, mostra as suas diferentes facetas. Já tinha percebido a semana passada que um dos factores que acaba por contribuir para isso é ser, dos três irmãos, o que menos adversidade parece sofrer do exterior e, por isso mesmo, não é tão protegido pelos pais enquanto criança. Isso faz com que ele sinta uma necessidade acrescida de tentar captar a atenção.

A primeira pessoa que aponta esta falta de autoconfiança é William enquanto treinam para a peça de teatro. Quando as primeiras adversidades ao entrar em personagem surgem, Kevin imediatamente retraí-se e começa a duvidar do seu progresso e da escolha que fez em ir para Nova Iorque. Mas a melhor parte vem quando, após assustar as suas sobrinhas com respostas demasiado imparciais a questões como “os meus pais vão morrer?”, Kevin tenta redimir-se com as crianças. Ele fá-lo num momento que não consigo chamar nada mais senão “típico de This Is Us“: confessa que quando recebe um manuscrito, ele pinta o que aquele texto lhe faz sentir e mostra uma folha com uma pintura estilo PollockA explicação que ele dá a seguir às pequenas Tess e Annie, no então, é claramente abrangente ao tema geral desta série inteira!

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A pintura (e a peça, e This is Us) representa a interconectividade da vida. Tal como as cores nela representada, não existe nenhum fim nem inicio na vida porque, ainda que alguém morra, ela continua presente para além do físico. Não pensei, nem Kevin explicou, em isto de uma maneira religiosa como se o espírito de alguém ainda estivesse presente – se bem que também, para quem acredita, não há necessidade de descartar essa teoria. A essência da pessoa, as memórias que temos dela, o que ela nos ensinou ficam presentes até depois de perdermos alguém. É tudo uma “sloppy, wild, colorful, magical thing.” Como uma amante e estudante de arte, tenho que dizer que fiquei completamente rendida.

Mas esta semana, tivemos outro grande momento. A minha teoria inicial confirmou-se e, lamentavelmente, descobrimos que Jack morreu e é Kate que tem as suas cinzas. Ainda existem muitas perguntas por responder em relação ao destino desta personagem, mas parte de mim sente algum alivio por perceber que Rebecca não o deixou simplesmente pelo melhor amigo. Ou, pelo menos, eu continuo a desejar que assim o seja… Kate não menciona nenhuma das circunstâncias em relação a Jack para além do seu ritual de assistirem ao Super Bowl Sunday juntos, tal como fizeram quando criança.

E descobrir que era Rebecca que inicialmente não queria ter crianças? Inesperado mas, segundo a sua explicação, compreensível.

Qual foi o teu momento favorito no episódio desta semana?

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Priscila Sousa
Designer de dia, geek à noite. Louca por banda desenha, aficionada com Guerra dos Tronos e Senhor dos Anéis. Devoradora de livros, MUITOS livros.