Todos os anos por esta altura Geoff Keighley, celebra o Game Awards, como o nome indica este é um evento que atribui troféus a videojogos e a personalidades nele envolvidas. Pensem como uma noite dos oscares de cinema, mas para videojogos. Entre os nomes presentes estiveram os três grandes, Regie Fils Aime, o presidente da Nintendo of America, Phil Spencer, presidente da divisão Xbox na Microsoft e finalmente Shawn Layden presidente e CEO da Sony Computer Entertertainment of America. Claro que não tivemos só os representantes das companhias, Keifer Sunderland que representou Big Boss em Metal Gear Solid V: The Phantom Pain, também marcou presença. Outras celebridades como Conan o’ Brian e diversos Youtubers como Jontron ou Pewpewdie também deram um ar da sua graça. Tudo parecia encaminhar para um evento com sucesso certo? Errado, pelo menos na minha óptica e como vou passar-lhes a falar já de seguida. Neste artigo apenas vou falar-lhes dos prémios e quem esteve envolvidos neles, quando a World Premieres e novidades, poderás lê-los nas noticias do Cubo.
O evento arrancou com meia hora de antecedência, onde fãs, especialmente os Youtubers fizeram as suas apostas de quem arrecadaria a tão desejada estatueta. Assim que bateram as 2 horas da manhã em Portugal continental Geoff e a sua equipa, deram o pontapé de saída para o Game Awards 2015! O primeiro jogo a levar a estatueta para casa, foi o contagiante titulo da Nintendo Wii U : Splatoon. Não tenho reservas quanto a este prémio, é merecido, o jogo é gratificante e sem dúvida uma das melhores experiências de multiplayer, tanto na Wii U como em qualquer outro sistema. Sem perder tempo foi a vez de nomear qual a melhor equipa de E-Sports do ano. O prémio foi para a OpTic Gaming, aqui desconheço se foi bem ou mal atribuído, como não estou dentro destes universos não posso dar a minha opinião. Seguidamente foi a vez de Greg Miller receber a estatueta de Trending Gamer, e sem dar por isso chegamos a altura dos acontecimentos que dividiram fãs. Melhor jogo Indie, ora bem na lista tínhamos os seguintes títulos: Axiom Verge, Undertale, Her Story, Ori and the Blind Forest e Rocket League, quem levou o troféu para casa? Rocket League a sério? Quando na minha opinião e na de muitos gamers, o verdadeiro vencedor devia ser Undertale cuja critica podes ler no Cubo, e verás o porquê por ti mesmo.
Muito possivelmente o melhor momento desta cerimonia de prémios, foi quando Geoff prestou homenagem ao eterno Satoru Iwata, antigo presidente da Nintendo, onde este e Regie Fils Aime relatam como era a sua relação pessoal e profissional com o senhor conhecido por estar sempre a sorrir. Foi tocante, comovente e acima de tudo uma grande iniciativa. Seguidamente a este grande momento, foi a vez de nomear qual a melhor produtora de videojogos do ano. A Vencedora foi a polaca CD Projekt RED, de novo muito controvérsia, porquê? Porque apenas produziu Witcher III: Wild Hunt, a par de por exemplo a Nintendo que produziu dois jogos, Splatoon e Super Mario Maker. O primeiro como já sabemos ganhou o troféu para melhor multiplayer do ano, enquanto o outro, estava nomeado até para melhor jogo do ano. Fazendo a escolha da CD Projekt RED no mínimo controversa. Pensavam que estávamos livres de escolhas controversas? Ainda mal começamos Phil Spencer sobe ao palco (vestido com uma t-shirt diga-se muito nacionalista) e quando anuncia que o jogo vencedor é Ori and the Blind Forest, que ainda por cima é da casa, e ao anuncia-lo á plateia fez uma cara…bem tirem as vossas próprias conclusões, na minha opinião o prémio seria para Bloodborne.
Para lavar estes acontecimentos controversos, Keifer Sunderland mostra-nos um mini documentário da Westwood studios, responsável por glórias do passado como Command and Conquer, o Videojogo do Rei Leão e da mítica série Dune. O momento que seguiu-se bem, numa noite onde segundo Geoff afirma, são celebrados os videojogos assistimos a uma das maiores faltas de respeito. O prémio era para nomear o jogo de acção do momento, e sem surpresas Metal Gear Solid V: The Phantom Pain, foi o escolhido. A grande surpresa foi quando Geoff, informa-nos que o seu criador era para estar presente, mas a Konami e um dos seus advogados não o permitiram. Eu nem tenho palavras acerca desta situação, quando já pensávamos que a Konami tinha enterrado esta novela, em vez de a apagar completamente, atira ainda mais gasolina para a fogueira. Nem mesmo a bela Stefanie Joosten que representou Quiet, e cantou o tema respectivo da personagem, não conseguiu apagar esta enorme falta de respeito que ainda estava bem presente no nosso pensamento.
Se as anteriores escolhas vencedoras foram duvidosas, o que dizer da melhor representação, que foi ganha pelo jogo Her Story e por Viva Seifert, quando tens escolhas como Camilla Luddington que representou Lara Croft em Rise of the Tomb Raider e Mark Hamil como Joker em Batman: Arkham Knight, de novo fazem-nos levantar a sobrancelha certamente.
O momento que todos esperávamos estava iminente! Qual seria nomeado jogo do ano? Na mesa estavam Fallout 4, Witcher III: Wild Hunt, Super Mario Maker, Bloodborne e Metal Gear Solid V: The Phantom Pain. Qual acham que arrecadou o titulo? Witcher III: Wild Hunt, que leva assim mais um troféu para juntar a sua colecção. Embora seja merecido acho que o titulo da CD Projekt RED, ganhou mais títulos do que devia, esta é apenas a minha opinião claro. Para terminar o músico Deadmau5 resolve aparecer e misturar umas faixas ao sabor de Super Mario.
Não tive a oportunidade de ver os Game Awards dos anos anteriores, mas achei este ano muito fraco, tanto nas escolhas, como no ambiente e apresentações. Também aquele bloco de durante os intervalos a promover a força toda Star Wars: Battlefront não ajudou só piorou. No final o que tenho a dizer é isto, estes Game Awards devem ser vistos apenas como uma feira de executivos, porque os videojogos não foram feitos para serem jogados de fato e gravata.
Vejam em baixo a cerimónia do início ao fim: