Metal Gear Solid V: The Phantom Pain foi um dos grandes jogos deste ano. No entanto, apesar de ser um título absolutamente espectacular, o seu final deixou muitos jogadores indignados. Não só porque existem pedaços da história que a Konami preferiu apresentar de forma pouca ortodoxa e abaixo das anteriores, como também porque o Venom Snake teve uma resolução súbita e foram retirados elementos.
Aparentemente, tudo foi propositado, pois Hideo Kojima (criador de Metal Gear Solid) afirma que no enredo de Metal Gear Solid V: The Phantom Pain tudo o que temos no jogo é intencional. Kojima apresenta uma perspectiva mais profunda sobre as suas intenções em The Phantom Pain, que foi uma novelização de Hitori Nojima, e elogia o trabalho, por ter conseguido contar muito bem a história, apesar da natureza aberta do jogo.
Hideo ainda explica que a falta de cut-scenes, um dos principais elementos dos anteriores jogos da série, deve-se à sensação que seriam uma obstrução à liberdade, e relembra que seja qual for a série, um dia terá que terminar, por mais popular que seja.
“Por mais popular que seja uma série, um dia o fim chegará. No entanto, isso não significa uma despedida. Mesmo que não lhe possas tocar, podes sentir a influência dessa história. Uma história é algo sem forma. Presumindo que não está ali nada físico, nada será perdido. Desde que as histórias e lendas sejam desejadas, continuarão a viver para sempre. O brilhantismo jamais desaparecerá. Permanecendo no coração de todos.”
“Nem sempre é verdade que dizer ‘adeus a um herói’ origina uma ‘phantom pain’. Ao dizer ‘adeus a um herói’, podes por toda a eternidade deixar para trás a alegria perdida como um espaço em branco.”
Kojima estabelece ainda comparações com algumas bandas de rock, referindo como o movimento parecia estar para ficar e foi-se alterando com o passar do tempo. Refere letras de algumas músicas, e afirma que existe um espaço em branco que jamais será preenchido.
Já em entrevista à Famitsu, Kojima havia dito que,
“Em MGSV passamos a história (a lenda) para o jogador. É assim que o jogador se torna no Big Boss em Metal Gear da MSX2. Jogas o jogo como quiseres, crias a tua Mother Base. É assim que quero que o jogador crie sua própria história, pensando em coisas como “guerra” e “paz” no papel de Big Boss. Até agora, a Saga Metal Gear era contada ao criar videojogos, mas eu quero que cada jogador pense e crie a sua própria história (lenda).”
Basicamente, desde o início que Kojima queria que sentíssemos que estávamos a jogar com o Big Boss para no fim se tornar, de certa forma, na nossa própria lenda. O nosso amigo Ocelot já dizia…
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