Quando estamos perto de uma E3 sentimos sempre aquela antecipação, como a de uma criança numa noite de Natal ansiosa por saber que presentes irá receber. Nesta E3 este sentimento ainda foi mais evidente, sentia-se no ar muito mistério, muitos rumores, alguns tão ridículos que pareciam impossíveis, tanto que as várias comunidades de videojogos até brincavam com eles, mesmo assim parte de nós acreditava, será que veremos os nossos desejos de gaming realizados nestes dias seguintes?Vamos descobrir!
Nesta edição tivemos algumas mudanças, para começar não abrimos com a tradicional conferência da Microsoft, mas sim com a de uma software house, falamos da Bethesda.
Não pude assistir a esta conferência em directo, mas quando acordei no dia seguinte, vi artigos surpreendentes a abrir com títulos como:
“A Bethesda já ganhou a E3!”
Mas a E3 mal arrancou como é possível que digam já uma coisa destas? Fiz uma breve pesquisa e qual não foi o meu espanto quando além de Fallout 4 (já sabendo que podíamos contar) estava confirmada a sequela de Dishonored e de …Doom? Wow não esperava por esta, mesmo não sendo um fiel seguidor desta série sei com muita certeza que tem um lugar ainda muito vivo na mente e coração de todos os gamers da era Pentium e Pentium II. Aqui tínhamos já presente que esta E3 seria muito especial, no entanto este era só o pico do icebergue, nada nem ninguém estava preparado para as horas seguintes.
Agora sim tivemos a tradicional conferência da Microsoft, onde tiveram lugar as próximas apostas do Windows 10 e claro também as da Xbox One. Logo na abertura desta conferência tivemos duas grandes surpresas, uma muito boa, outra um pouco controversa. A primeira tem o nome de ReCore e conta com uma equipa de luxo, Keiji Inafune (Inafking), o pai da série Megaman, agora presidente da Comcept e de toda a equipa de Metroid prime. Embora não estivesse presente nenhum vestígio de gameplay, nas mãos desta aliança tenho a certeza que algo de grandioso sairá daqui.
Em seguida uma notícia boa mas também alvo de controvérsia, a possibilidade de jogar jogos Xbox 360 na vossa Xbox One. Digamos que é controversa porque muitos rapidamente disseram: “Isto nem devia ser novidade, devia estar presente desde o seu lançamento e não deviam guardar uma E3 para um anúncio destes”. Mas aqui digo-vos, isto na realidade é um feito muito positivo. Não só evitam os asquerosos HD remasters como podem dar nova vida à vossa ludoteca Xbox 360, e melhor do que tudo tanto em formato físico como digital. Evidentemente tratando-se de uma conferência Microsoft, não foi nada estranho revelarem trailers, alguns com gameplay das suas franchises de sucesso. Falamos de Halo 5, Forza 6, Gears of War Ultimate e de Gears of War 4. Tivemos espaço também para a apresentação de um novo comando Xbox One completamente personalizável, anúncios de títulos multi-plataformas, onde destaco: Dark Souls III, Fallout 4, Rainbow Six Siege e Rise of the Tomb Raider, que embora a Microsoft continue a tratá-lo como exclusivo todos sabemos que mais cedo ou mais tarde esta aventureira irá explorar também os PCs e PS4.
Para fecharmos a conferência Microsoft, tivemos um espaço Indies, onde deixo a minha recomendação para Cuphead, um título com uma enorme originalidade, parecendo oriundo de um desenho-animado da Disney clássica, da Hololens re-imaginado o universo de Minecraft, e de uma coletânea com um enorme valor para fãs da Rare clássica, a Rare Replay que conta com trinta títulos desta lendária produtora num só disco. Neste ano a Microsoft esmerou-se; não perdeu tempo com serviços que não interessam a ninguém e mostrou, ainda que muito prematura alguma variedade, a chefia de Phil Spencer parece estar a dar frutos.
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