プリズンスクール
Comédia, Ecchi
M/16
Japão|2015
12 Episódios
J.C Staff
A Academia Hachimitsu é famosa pelos seus padrões rígidos e regras escolares ainda mais rígidas. Também por algum motivo nunca aceitou estudantes do sexo masculino, mas as coisas estão prestes a mudar. Pela primeira vez na história a escola permite rapazes como estudantes. Quando o Fujino Kiyoshi começa o seu primeiro dia nesta academia, fica chocado ao descobrir que só existem lá mais quatro rapazes, tornando o rácio de rapazes para raparigas de 200:1. E para o infortúnio destes, nenhuma das raparigas demonstra interesse sequer em conhecê-los. O que parecia um sonho vai depressa tornar-se um autêntico pesadelo!
Tsutomu Mizushima
Noboru Iguchi
Akira Hiramoto
Akira Hiramoto
Hiroshi Kamiya, Katsuyuki Konichi, Kazuyuki Okitsu, Kenichi Suzumura, Daisuke Namikawa, Shizuka Itou, Kanna Hanazawa, Ohara Sayaka, Hashimoto Chinami, Keiji Fujiwara
As Aventuras dos Cinco: Os cinco na Prisão.
Um grupo de cinco estudantes masculinos ingressa numa escola, outrora destinada apenas para raparigas. Mesmo sendo uma escola cheia de valores tradicionais, estes não hesitam em espiar algumas raparigas no banho. Acabam por ser apanhados, tendo de cumprir várias semanas de prisão nos subúrbios dessa academia.
Prision School é uma obra de Akira Hiramoto, conhecida por ser polémica e bastante gráfica. Logo nos instantes iniciais temos todos os condimentos presentes do que esperávamos encontrar. Vulgar, violento e cheio de humor negro. Embora pareça exagerado, o ecchi, neste contexto “representa” uma parte da sua história, considerando que são cinco rapazes adolescentes na casa dos seus 16, 17 anos, que nunca provaram o fruto do amor e estão trancados numa escola recheada de raparigas.
Do início ao fim Prision School apostou sempre num ecchi, diria mesmo hentai. Mesmo com censura as situações estiveram lá e são facilmente perceptíveis, ainda mais quando nos Blurays mostraram genitais. Todos estes condicionantes contribuíram para que Prision School apresentasse um humor muito adolescente. Quem nunca idealizou alguns dos pensamentos do nosso novo bando dos cinco? Certamente muitos dos nossos leitores masculinos já o fizeram. Num certo contexto até podia compará-lo a um American Pie japonês, no entanto não faria sentido porque aqui não temos apenas um humor vazio à base de paródias, temos sim uma história, e como vão ver de seguida um pouco perturbante.
Este grupo de rapazes, devido a um crime inocente é forçado a viver uma vida de prisão. Sim, ainda têm de explicar-me o que raios faz uma prisão nos subúrbios de uma escola. Nesta prisão submetem-se a todo o tipo de práticas e situações, enquanto muitas delas são de trabalho físico extremo, algumas dessas até entraram no foro psicológico, fazendo com que muitos dos personagens perdessem literalmente a mente e a razão, até comeram gafanhotos com arroz vejam lá vocês! No fundo este grupo de rapazes são os verdadeiros inocentes nesta história, as meninas não olham a meios para atingir os seus fins. Recorreram a traições, sedução, chantagens, a manipulações e até a encobrir verdades diante de tudo e todos. Isto tudo porque a Mari Kurihara (interpretada por Ohara Sayaka) tem um amor incondicional a corvos e um ódio descomunal a homens, por isso ela e mais duas colegas colocam um plano em prática chamado DTO, que consiste em expulsar os rapazes desta escola, submetendo-os a todas as magnificas ideias já referidas e muito mais! A tragédia! O Drama! O Horror!! Vamos conhecer melhor cada uma delas.
A Meiko Shiraki (interpretada por Shizuka Itou), a sádica e voluptuosa vice-presidente do clube escolar (que não consegue controlar as suas glândulas sudoríferas) foi a encarregue da direcção da prisão, por submeter todos os rapazes a duras provas e por os castigar cruelmente (olhem que não exagero) quando não alcançavam a meta pretendida. No entanto um dos prisioneiros viu prazer nisso. Foi o Andou Renji (representado por Kazuyuki Okitsu) um tipo com uma aparência muito estranha, adepto de práticas sadomasoquistas entrando em depressão quando a Meiko não lhe batia ou agredia verbalmente.
Também mais tarde veremos como utilizou outro dos prisioneiros, o Wakamoto Shingo (interpretado por Kenichi Suzumura) a seu favor. Para ajudá-la teve a preciosa ajuda da Hanna Midorikawa (conta com o talento da muito popular Kanna Hanazawa), a secretária do conselho escolar. À primeira vista a Hanna pode parecer uma rapariga doce e simpática, não fosse o caso de ser uma das campeãs de Karaté a nível nacional e quando perde a calma conseguir ser ainda mais brutal do que a Meiko. Também o seu precoce golden time, e entrar no mushroom kingdom do Fujino Kiyoshi (interpretado por Hiroshi Kamiya), fez com que desenvolvesse uma certa obsessão por este, no entanto o Kiyoshi está apaixonado pela irmã mais nova da Mari, a Kurihara Chiyo (representada por Hashimoto Chinami) e tudo por causa de uma borracha! Ambas são filhas do presidente da escola, o “Old Snake” Sr. Kurihara, como gosto de chamar (interpretado por Keiji Fujiwara), que ao contrário das suas filhas adora práticas eróticas e sexuais ,especialmente rabiosques, e que fará aos nossos amigos a pergunta mais pertinente da humanidade!
Tudo estaria perdido se não fosse o yours truly estratega Takehito Morokuzu, apeliado de Gakuto (representado por Katsuyuki Konichi), um amante do conto chinês dos três reinos que inventou dezenas de tácticas, planos mirabolantes e sangrentos. Para finalizar temos o nosso amigo das formigas, o Jouiji Nezu (Interpretado por Daisuke Namikawa) que parece sofrer de uma doença, por vezes tossindo sem parar. Gostava de referir um ponto antes de fechar este capítulo. Tanto personagens as principais como as secundárias são incrivelmente exageradas, quer em proporções ou situações, por vezes levando-me a crer que a Meiko não tinha aquele corpo exagerado, e que isso era só uma representação de como os rapazes a viam ou idealizavam. Sejamos sinceros, aquilo são dois planetas!
Afinal qual é realmente o sexo fraco? Prision School deixou-me a pensar nisso. Nesta série vimos que um homem face aos encantos de uma bela mulher submete-se a todo o tipo de provas e práticas. Do simples facto de ser punido por uma voluptuosa mulher até a trair os seus colegas, realmente chego à conclusão que uma mulher e os seus encantos conseguem ter qualquer homem na mão! O outrora alphamale da sociedade agora é o mais submisso? Então neste ponto o amor não será mesmo uma prisão, que por mais que tentemos não conseguimos escapar? É interessante como acabamos este parágrafo desta maneira porque no seguinte voltaremos novamente a pegar neste ponto.
Prision School foi animado pelo estúdio J.C Staff, reparem como neste ano a J.C Staff apostou bastante em adaptações de carácter erótico, Shokugeki no Soma, Shimoneta e agora Prision School. Nesta obra utilizou uma técnica que consistiu em aplicar uns filtros 2D em animação por computador CGI. Isto porque temos expressões hiper-realistas por parte dos seus protagonistas, imaginem a coisa mais simples do mundo ser incompreendida ou vista da maneira mais exagerada e dramática possível! Aliás esse é um dos condimentos deste anime. O uso desta técnica trouxe tanto de positivo como de negativo. Em ambientes escuros, todos os elementos estão muito bem animados, ao passo que em ambientes claros muito estranhamente apresentou uma animação menos fluída, e um toque mais artificial. De salientar o utilizar esta técnica evitou alguns dos problemas presentes nesta indústria: caras esborratadas, corpos desproporcionais e animação para lá de duvidosa. Também achei curioso como recorreu de uma forma muito inteligente a figuras lego quando o Gakuto explicava aos seus colegas de cela as suas brilhantes tácticas.
Embora Prision School seja uma obra bastante visual, não recorreu a simbolismos para mostrar ou encobrir a sua acção; mostra tudo de maneira clara e muito exagerada. Ao ter essa natureza, a censura por vezes só serviu para piorar as coisas. Imaginem ver a Meiko de joelhos em cima de uma mesa mostrando o seu diminuto fio dental púrpura e diante dos nossos olhos surge uma grande bola preta com uma forma que mais parece outra coisa. Gostava que tanto o anime como a versão manga original apostassem em simbologias mais divertidas e hilariantes como a do cogumelo engiri ou a da medusa. A banda sonora adaptou-se muito bem à acção, muitas delas compostas por faixas alusivas à tensão e à espionagem, temas muito ligeiros, quase imperceptíveis mas que adicionaram mais ambiente à história. Quando tínhamos os já referidos momentos dramáticos acreditem que a música a acompanha-los não fica atrás.
À pouco referi que o amor é uma prisão. Pois é precisamente esse o tema da abertura de Prision School, tanto as imagens como letra solidificam mais o que referi acima. Já o seu encerramento é como uma espécie de relato ao que os seus personagens viveram nestes seus meses de prisão. Saliento que tanto as faixas de abertura como de encerramento apresentam um espírito muito juvenil e bem característico.
Prision School é uma autêntica montanha russa de momentos e situações, uma obra que não teve receio de ousar em prol do divertimento. Para muitos foi considerada a melhor série desta temporada de Verão, não irei assim tão longe, mas que proporcionou momentos hilariantes, surpreendentes e muito divertidos isso sem dúvida o fez. Também nos mostrou que pode existir espaço para o ecchi quando a história assim o permite, se bem que muitas vezes podia ser uma pouco mais moderado e menos extremista.
Se procuras uma série de anime carregada de ecchi e com humor muito situacional, negro e adulto, Prision School vai sem dúvida prender-te ao ecrã! Para alguns vai apenas resumir-se ao que o nosso amigo Angry Joe diz no seguinte vídeo.
Também ficaste preso a esta série?
Personagens fora do padrão Japonês
Ecchi com contexto
Animação por CGI bem realizada
Humor bem empregue
Narrativa simples mas que prende o espectador
Ecchi a entrar no campo Hentai
Muito extremista
Acção sempre dentro do mesmo ambiente
Censura mal utilizada