99 Casas
99 Homes
Drama
7 de Janeiro de 2016
EUA | 2014
112 min
Neste thriller muito actual, o carismático e impiedoso empresário Rick Carver (Michael Shannon) faz fortuna com casas arrestadas – jogando com as condições do mercado imobiliário, os bancos de Wall Street e o governo americano. Quando ele expulsa Dennis Nash (Andrew Garfield), um pai solteiro que sustenta sozinho a mãe (Laura Dern) e o filho (Noah Lomax), Nash fica tão desesperado que para sustentar a sua família aceita trabalhar para Carver - o homem que o despejou. Carver promete a Nash uma forma de recuperar a sua casa e trazer segurança para a sua família, enquanto que maliciosamente o vai seduzindo para um estilo de vida de riqueza e glamour.
Ramin Bahrani
Ramin Bahrani, Amir Naderi, Bahareh Azimi
Andrew Garfield, Laura Dern, Michael Shannon, Tim Guinee
Em 99 Casas deparamo-nos com uma situação bastante comum nos Estados Unidos da América. Situação essa que se trata da perda de uma casa para uma seguradora imobiliária.
É o que acontece a Dennis Nash (trazido para o grande ecrã por Andrew Garfield) e à sua família (interpretada por Noah Lomax e Laura Dern) quando são despejados da sua casa. Este acontecimento acaba por ter grande foco na história, pois grande parte do enredo é passada à volta da recuperação da casa.
Mas passando pouco tempo da perca da casa, Nash recebe uma proposta irrecusável da parte de Rick Carver (brilhantemente interpretado por Michael Shannon), o homem que lhe tinha retirado a casa. É aqui que começa um dos pontos principais da longa metragem – o conflito da moral de Dennis. “Será que vale a pena depois de me ter acontecido? Será que vale a pena dar uma boa vida ao meu filho fazendo mal a outras pessoas?” São só algumas das questões que Nash coloca a si mesmo durante o filme.
Também devo referir que não conhecia o realizador Ramin Bahrani, o que acabava por me fazer ficar um pouco reticente quanto ao filme. No entanto, adorei a sua ideia de realização e de escrita (já que se trata também de um dos argumentistas) tendo como objectivo ir atrás dos conflitos internos das pessoas.
Porém, a interpretação de Andrew Garfield fica muito aquém da expetativas. Mas depois de ver a sua representação de Peter Parker em dois dos piores filmes de Super-Heróis que existem (nomeadamente, O Fantástico Homem-Aranha e a sua sequela). É evidente que ele consegue melhorar muito a sua representação, no entanto falta ali qualquer coisa, não é com aquele homem que as pessoas se vão identificar.
Por outro lado, Michael Shannon é que traz a este filme algo que realmente era necessário, um vilão carismático e que acaba por chamar todas as atenções para si, sendo cruel e ao mesmo tempo uma das pessoas mais adoradas do mundo. Michael Shannon faz aqui uma atuação de alto gabarito. Devo também fazer uma pequena nota à interpretação de Laura Dern, que por muito pouco que apareça no filme, traz uma grande emoção à cena.
Resta concluir que o filme foi melhor do que esperava, pois entrei nele com uma moral um pouco baixo mas que acabou por ir subindo a cada passo, até ao final do mesmo. Porém, não deixa de ser um filme médio com uma interpretação “rasca” da parte de Garfield, espelhada por uma interpretação brilhante da parte de Shannon.
Já viveram ou conhecem quem tenha vivido uma situação parecida com a do filme?
A interpretação de Michael Shannon
O tema abordado
A interpretação de Andrew Garfield