“Bouncing Back”
Já não era sem tempo! Sim, Agent Carter é muito engraçado, é muito de época, é uma experiência de escrita muito engraçada, mas o que nós queremos mesmo é mais Agents of S.H.I.E.L.D.!
Vamos a isso, porque há imensa coisa a acontecer neste episódio.
Que abertura fantástica! Um plano perfeitamente enquadrado, a abrir lentamente, com vários pormenores a serem lentamente revelados, a deixar-nos com água na boca para tentar perceber como é que os agentes da SHIELD chegam ao espaço! Vemos sangue, uma cruz dourada e um uniforme com o logo da SHIELD! Provavelmente só saberemos muito mais para o fim desta temporada, mas já vamos especular mais acerca disso.
Apenas momentos depois a acção centra-se num assalto na Colômbia em que somos introduzidos a mais uma personagem com super-poderes e que está a usar um colar exactamente igual ao da sequência anterior! Wooo! Santo prenúncio, Batman!
Trata-se de mais uma Inumana chamada Elena Rodriguez, e o seu super-poder é a velocidade. Ela consegue mover-se extremamente depressa, mas só durante o tempo de um batimento cardíaco. Apesar de ser um daqueles poderes que à primeira vista parece inteiramente arbitrário, é uma maneira muito interessante de impôr uma limitação a um poder que é frequentemente exageradamente poderoso.
Obviamente que por causa disto a equipa tem de ir para a Colômbia e resolver o problema. Depois de percebermos que a nossa nova Inumana roubou um carregamento de armas, e de o Hunter e a Bobbi terem um diálogo muito engraçado sobre terem super-poderes, o Mack consegue ser raptado.
Depois de uma conversa entre Mack e Elena,em que ele percebe que ela acredita que os seus poderes são um dom de Deus, a Daisy consegue resgatá-lo e capturar a Elena Rodriguez. É muito giro ver o Joey integrado na equipa, porque ele continua a ser o substituto da audiência, continuamente inseguro acerca do seu papel e maravilhado com o que acontece à sua volta, e agora tem de ser ele a facilitar a entrada de Elena na equipa, à semelhança do que a Daisy tinha feito com ele inicialmente.
Entretanto descobrem que a Elena Rodriguez estava na realidade a roubar armas à polícia porque a polícia é corrupta, e entretanto o seu primo foi largar as armas no rio. Isto é interessante porque à semelhança de outras personagens como o Daredevil, o Justiceiro e a Jessica Jones, introduzidas nas séries da Netflix, começamos a ver um aumento de vigilantes que usam os seus poderes para fazerem justiça pelas próprias mãos. O Hunter e a Bobbi vão tentar encontrar as ditas armas e o dito primo, mas são raptados (isto parece acontecer muito este episódio) por um polícia colombiano também com super-poderes! Depois de mais uma conversa intensa e pessoal entre Mack e Elena, na qual Mack revela que também ele é um homem de fé, segue-se uma das melhores sequências de acção desta temporada.
Daisy, Joey e Elena (que agora tem a alcunha de Yo-Yo), vão resgatar a Bobbi e o Hunter à esquadra da polícia. É extremamente satisfatório ver a maneira como a equipa de super-heróis trabalha em conjunto para derrotar os polícias corruptos, e fico mesmo com a sensação que agora sim é que esta série está finalmente a esticar as pernas. Fico muito entusiasmado com a possibilidade de a segunda metade desta temporada nos dar muito mais sequências destas. No fim a Bobbi e o Hunter são resgatados, mas o polícia colombiano com super-poderes é raptado pela HYDRA (eu disse que isto acontecia muito) e o Mack e a Yo-Yo têm mais um momento íntimo entre si.
O que nos faz pensar: será que é a Elena que daqui a três meses está na nave espacial com o seu colar dourado? Isso é demasiado óbvio portanto temos de pensar noutra hipótese. Será que com toda esta aproximaão entre o Mack e a Elena, ela lhe daria o seu colar dourado? O que pode significar que é o Mack que está na nave espacial! O que pode significar que o MACK MORRE!!! Claro que é só especulação, mas não é nada que os Whedons não gostem de fazer com frequência.
Entretanto acontecem outras coisas também muito importantes neste episódio.
O Phil Coulson encontra-se com o Presidente dos Estados Unidos (cuja cara se poderão lembrar do Homem de Ferro 3) que lhe pede para manter a SHIELD activa, mas como uma agência secreta para ir controlando o problema dos Inumanos, sob a fachada da ATCU. A cereja em cima deste bolo é o facto de que será o General Talbot a encabeçar a ATCU sob a lideraça do Phil Coulson. Mal posso esperar por ver estes dois a interagirem.
Frustrado por o Presidente não lhe dar pistas acerca do Gideon Mallick, Phil Coulson rapta o Strucker Júnior (eu disse) e põe-no na máquina de tortura/gravador de memórias para conseguir obter uma pista. Num momento que é tão cómico quanto badass, Phil Coulson acaba por telefonar directamente ao Gideon Mallick, ameaçando-o e obrigando-o a fechar dezenas dos seus escritórios.
O que me parece que os Agentes da SHIELD ainda não sabem é que o Gideon Mallick está lentamente a trazer o alienígena do Planeta Azul/Maveth de volta à saúde. Acho que nunca disse isto nestas discussões, e já vai tarde, mas o Brett Dalton é um excelente actor. De uma forma muito subtil, quase frágil, consegue introduzir imensa ameaça e perigo numa personagem que claramente se vai tornar no Big Bad desta temporada. Não reconheço ali nada da personagem anterior do Ward, e isso é difícil de fazer.
Outras coisas importantes, só para acabar, o Lincoln diz-nos que os poderes dos Inumanos não são aleatórios, mas surgem devido às necessidades evolutivas da espécie, de maneira a produzir algum equilíbrio. Cheira-me que isto vai ser extremamente importante.
E, mais uma vez, última chamada para a partida do SS FitzSimmons! Adoro a maneira como eles não arrastam todo o problema da culpa do Fitz por ter morto o Will no episódio anterior, e em vez disso resolvem logo o problema permitindo que a relação entre o Fitz e a Simmons se desenvolva naturalmente.
Como eu disse, este episódio traz-nos imensa, imensa informação, o que é natural dado que começa a expor-nos o conflito desta segunda metade da temporada. O que eu continuo a admirar imenso é o ritmo imparável que a série consegue impôr aos seus episódios, e mesmo com um episódio expositivo as coisas parecem avançar à velocidade da luz.