“SNAFU” “Truth Be Told”
Estes dois episódios foram muito bons! Totalmente diferentes um do noutro mas ambos bastante fortes.
A parte inicial em que a Máquina ainda está a calibrar o reconhecimento facial foi bastante cómico. Mas depressa o episódio cai para um lado bastante negro. A Máquina não tem definido o conceito de tempo, e compreensivelmente, marca o grupo como ameaças. Todos eles têm um passado sombrio. Root e John eram assassinos e Finch por diversas vezes matou a Máquina. Agora que ela não tem amarras pode pensar inteiramente por si. Ela é neste momento uma verdadeira IA, tal como o Samaritano. Mas essa liberdade total traz desvantagens porque a Máquina já não pode ser controlada. O grupo tem de confiar no compasso moral da Máquina e isso é assustador. Bem, o facto de ela estar livre e não ter definido o conceito de tempo tudo lhe aparece ao mesmo tempo. Ela não consegue contextualizar os acontecimentos.
Toda a parte da assassina contratada pela Máquina para matar John foi um bocado previsível. Mas não estragou a cena. E quando o Finch perguntou à Máquina quem tinha enviado a assassina para matar o John e ela disse que tinha sido ela, o ambiente gelou. A Máquina é assustadora e o Finch e a Root ficaram em pânico, bastante visível nas suas expressões. Claro que tentar sabotar a Máquina não é uma boa ideia porque ela está em todo o lado e por isso a melhor forma é ir pela lógica, conversando com ela. Adorei todo esse processo. Gosto muito quando humanizam a Máquina. Eu sinto que ela é uma pessoa de facto e por isso gosto quando a tratam como uma pessoa. Ela não é má, simplesmente não estava contextualizada e foi uma excelente ideia por parte do Finch mostrar-lhe todas as pessoas que salvaram por ordem de eventos. Assim a Máquina tem uma noção da linha temporal e como tal o grupo deixou de ser visto como uma ameaça.
Mesmo a Máquina tendo a equipa como aliada, eu sinto que eles não confiam cegamente nela. E eu sentira-me da mesma maneira. Eles sempre tiveram este Deus do seu lado mas era um Deus que podia ser controlado. Esse controlo acabou. O Deus vê-os como aliados agora mas pode não os ver da mesma maneira amanhã. O Finch até verbalizou essa preocupação à Root e ela foi um bocado ingénua, como é sempre quando se trata da Máquina. Percebo que ela confie no compasso moral do Finch e por consequente confie no compasso moral da Máquina mas é ingénuo. Veremos como as coisas se irão desenrolar. Bem, duvido que a Máquina fique contra a equipa outra vez mas pronto, a desconfiança andará sempre a pairar.
E não percebi porque é que o Samaritano recrutou o ex-preso. Não faço ideia do potencial que ele viu no homem, visto que ele esteve preso por conduzir embriagado. Que potencial pode ter uma pessoa dessas? Não sei.
O terceiro episódio teve uma estrutura procedural mas que se relacionou bastante com o John. Não tenho muito a dizer sobre o pólo dele neste episódio. Entendo que ao olhar para o grande esquema das coisas, o John tenha decidido que não pode ter uma vida normal e o relacionamento com a Dr. Iris seja incompatível com a guerra que estão a travar contra o Samaritano. Mas no episódio anterior John relaxou bastante e até entrou no grupo de bowling do Fusco. Pareceu-me uma mudança de perspectiva bastante radical e a despedida entre os dois foi apressada.
A parte da Root e o Finch foi mais interessante. O Samaritano está-se a espalhar como se fosse um vírus e a Máquina vai aproveitar o malware que conseguiram roubar. E não achaste estranho o Finch não conseguir decifrar o código binário que a Máquina disse? Acho que deveria ser bastante óbvio para o Finch.
Gostei bastante dos episódios, mas pensava que as coisas iam avançar mais rápido.