“XXVI.”
Mais um episódio maravilhoso. É impressionante como Velas Negras consegue gerir todos os conflitos de forma magistral.
Max conhece demasiado bem Anne e sabe que ela nunca iria reagir tão pacificamente ao saber que Rackman não estava lá para ser trocado pelo ouro. O facto de Max saber isso pôs todo o plano de Flint em risco. Eleanor tenta avisar as tropas britânicas mas ninguém lhe liga, como é óbvio. Eleanor sabe que tem de fazer tudo para salvar Woodes porque se ele morrer é colocada entre a espada e parede. De um lado não vai ter a sua protecção contra os homens britânicos, por outro lado não se conseguirá defender se os espanhóis ou mesmo Flint atacarem. A única pessoa a quem pode recorrer é Hornigold. Foi interessante ver a conversa entre os dois. Eleanor põe de parte a raiva que tem para com ele e tenta convencê-lo de que Flint irá atacar a caravana que leva o ouro e Rackman aos espanhóis. Hornigold não põe de parte a raiva que tem para com Eleanor mas a raiva que tem para com Flint é maior. Eleanor está a saber navegar em Nassau, juntamente com Max. As duas diziam que Nassau estava acima de tudo mas parece que não é o caso. Tudo bem que a vida em Nassau com os britânicos é tranquila mas não deixam de viver controlados. Nassau não é isso. Eleanor e Max têm apenas os seus próprios interesses em cima da mesa.
Silver tem de gerir uma situação bastante complicada no navio. Um dos homens da tripulação atacou um nativo. Não há forma de resolver a situação sem criar uma ainda pior e por isso faz o que tem de fazer, conta a Madi. O que Madi faz a seguir, serve de lição a Silver. Silver é respeitado pelos homens mas é demasiado condescendente. Isso faz com que os homens não cumpram cegamente o que ele lhes diz. Madi não precisa de ser agressiva, ou autoritária mas os homens dela fazem o que ela lhes diz inquestionavelmente. Silver aprende a lição e com isso torna-se mais poderoso para com os homens. O que ele diz tem de ser lei e os homens começam a aceitar isso. Adorei a forma como esta situação foi resolvida. Foi de uma perspicácia enorme e evitou que a série mergulhasse em mais um confronto, desviando a atenção do que é realmente importante. Nassau, os espanhóis e os britânicos.
Conhecemos um pouco mais da vida de Rackman. Gostei de saber que ele é inglês e nasceu numa família abastada. A série está a demonstrar que cada pirata escolheu a vida de pirata por razões completamente díspares mas todas válidas. Rackman é pirata por uma razão. E essa razão é válida. Woodes, se quer converter de vez Nassau, tem também de converter a mentalidade do povo e essa pode ser uma tarefa impossível.
A investida à caravana foi muito boa e foi um grande passo no desenvolvimento da personagem Vane, o facto de ele ficar para trás para salvar Rackman e Anne. Era perfeitamente fazível ele ter ido logo embora com eles ou eles terem voltado para o ajudar mas consigo desculpar esse facto porque a história fica bastante interessante. Foi interessante ver a predisposição imediata de Flint em ir salvar Vane e vai ser bastante interessante ver o embate entre Eleanor e Vane. A forma como Eleanor irá lidar com Vane, vai demonstrar se ela realmente se converteu e é fiel a Woodes.
Faltam dois episódios e esta temporada tem-se demonstrado ser bastante sólida e nunca fugindo da qualidade que caracteriza a série. Estou bastante empolgado para ver como tudo se irá desenrolar.