Ace Attorney é uma adaptação para anime de uma série de videojogos da Capcom com o mesmo nome.
Nos minutos iniciais da série conhecemos Naruhodo, um advogado novato que terá a sua primeira defesa em tribunal, e o seu cliente é, nada mais, nada menos, do que o seu amigo de infância Yahari. O crime no qual o seu amigo é arguido é o do assassinato da sua namorada. Será mesmo culpado? Estará Naruhodo à altura do caso?
É sabido que gosto de uma adaptação com elementos e referências do que está a animar, mas fazer apenas focos desses factores já grito!! OBJECTION! Isto porque Ace Attorney está demasiado dependente de todos os elementos característicos dos jogos, e isso não lhe permite voar pelas suas próprias asas. Dei por mim a pensar, por momentos, que estava a ver um stream do jogo, porque o grafismo e situações são, essencialmente, as mesmas. Também o caso e a resolução do mesmo deixou um pouco a desejar, foi demasiado evidente e podia ter sido retratado de outra forma. Muitos estranhos também são os nomes das personagens, que basicamente são afirmações japonesas. Naruhodo significa “estou a ver”, enquanto que Yahari significa “é isso”.
Muito boa está a banda sonora, que resgata os tradicionais temas dos videojogos, apenas com leves variações. As aberturas e encerramentos é que podiam estar melhores. A faixa de abertura não tem qualquer sentido e está fora de contexto, enquanto que o encerramento também me parece um tanto fora de sítio.
Quanto à animação e arte, podiam estar muito melhores, mas funcionam, para o estilo de série que é.
Ainda é cedo para afirmar o veredicto do arguido Ace Attorney, mas tudo leva a crer que a produção da Capcom e da A-1 Pictures é culpada por nos trazer uma adaptação desconexa e vulgar.