Brooklyn
Brooklyn
Drama, Romance
7 de Janeiro de 2016
EUA | 2015
112 minutos
Quando uma jovem irlandesa emigra para Brooklyn, um mundo novo se avizinha. Mas algo ocorre na sua terra natal fazendo-a voltar. Aí terá de decidir: ficar na Irlanda ou voltar para Brooklyn
John Crowley
Nick Hornby
Saoirse Ronan, Emory Cohen, Emily Bett Rickards, Fiona Glascott, Jane Brenna
Como seria se uma imigrante Irlandesa fosse viver para Brooklyn, Nova Iorque, na década de 50 do século XX. É com essa premissa que John Crowley nos aclama com esta película intitulada Brooklyn.
A narrativa rapidamente nos apresenta a Eilis (magnificamente interpretada por Saoirse Ronan), uma jovem irlandesa que recebe a notícia que vai viver para a América, aquele país conquistado pelos Britânicos. Ainda cheia de receio, esta embarca em direcção a Nova Iorque, onde vai viver, lá está, em Brooklyn. E aí começa a nossa aventura.
Para começar, tenho que destacar o facto de em termos históricos estar bastante realista, até ao ínfimo detalhe, especialmente o facto da rapariga ter conseguido ir para a “Terra da Esperança” através de um padre, o que leva ao contexto mais religioso da história. E acho que mesmo dando o devido destaque a essa parte, devia-se ter dado mais algum à sua “casa de acolhimento”, pois todas as suas colegas começam por ser minimamente bem definidas mas a certa altura perdem-se no argumento, especialmente Patty (trazida ao grande ecrã por uma surpreendente Emily Bett Rickards) que poderia ter mais algum desenvolvimento.
Mas se vamos falar de desenvolvimento de personagens devemos falar de três, essencialmente, exceptuando Eilis, sendo elas: Tony (Emory Cohen), o seu interesse amoroso, que se encontra na história de uma forma fenomenal, voltando a dar novamente contexto histórico, e com quem se denota uma grande química entre as personagens de Ronan e Cohen; Rose (Fiona Glascott), a irmã de Eilis, que é um dos pontos fulcrais da história, já que parte da mesma é à volta da própria; e Nancy (Eileen O’Higgins), a melhor amiga de Eilis, que tem em si um dos incentivos para a personagem principal ficar novamente na Irlanda.
Convém ter em conta que a recta final da história parece um pouco apressada, pois existe pouco desenvolvimento desta parte da história, especialmente tendo em conta todas as decisões que Eilis tem que fazer. Porém, mesmo apressado, continuou a dar um rumo brilhante à história, dando-lhe um pouco aquela ideia de novela (dei por mim várias vezes a pensar “Tu não vais fazer isso” ou “Como é possível?”). Devo deixar uma pequena menção à personagem da mãe de Eilis e Rose (protagonizada por Jane Brenna) que brinda-nos com um dos momentos mais humanos do filme.
Resta concluir que Brooklyn trata-se de um filme histórico dentro dos seus limites e que realmente está bem construído (breve nota para o guarda-roupa que está fantástico). Se está bem nomeado para os Óscares? Na minha humilde opinião, para Melhor Filme não, mas para Melhor Actriz sim. É um filme a ter em conta se necessitarem de assistir a um romance histórico.
Concordam com a nomeação de Brooklyn aos Óscares?
O tema
A química entre os actores nos papeis principais
O guarda-roupa
A rapidez com que avança para o final
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inês