“B.S.O.D.”
Esta semana comecei a discutir a nova temporada de Penny Dreadful. Na introdução disse que é uma das séries mais menosprezadas da actualidade. Bem, Person of Interest é outra. A série começou em 2011 numa registo bastante procedural mas a história ganhou ritmo e hoje em dia tem uma base de fãs gigante, apesar de não ser uma série popular. A quinta temporada será a última, terá apenas 13 episódios e serão emitidos dois por semana, às segundas e terças.
Vamos então discutir o primeiro episódio.
O episódio começa exactamente onde acabou a quarta temporada. A equipa está dividida e é perseguida pelos agentes do Samaritano. John tem a mala em que está a Máquina e continua bruto como sempre. Não gostei muito das partes do Finch. Eles consegue despistar os agentes naquele autocarro? Meh… Quando os agentes encontraram a Root partiram logo para a violência e foram tão passivos quando encontraram o Finch? Foi um bocado fraquinha toda essa parte.
Root vai parar no esconderijo de um antigo cliente e parece que caiu lá de paraquedas. Ela é toda cheia de recursos por isso já poderia saber daquele sitio à muito tempo mas foi demasiado conveniente. E porque raios é que ela precisava de uma nova identidade? Não ia adiantar de nada. O Samaritano já tinha bloqueado a sua cara. Mudar o nome não iria fazer diferença.
Fusco já merece saber toda a verdade. Tenho pena dele. Cai-lhe tudo em cima, é exigido tudo dele, mas ninguém lhe conta nada. Espero que fique a saber de tudo brevemente. É a única personagem que não faz ideia da existência da Máquina e do Samaritano. Ao mesmo tempo o desconhecimento leva à curiosidade e tenho medo que lhe aconteça algo. Não quero que morra, mas que ele irá investigar, isso irá. Só não sabe que está a combater um Deus, infelizmente.
Finch teve um pouco do seu passado (ainda mais) revelado. E adorei!! Toda a questão moral da criação de uma IA, e a possibilidade de suplantar os Humanidade foi genial. A dualidade do bem e do mal e a relação de pai e filha entre o Finch e a Máquina foi enternecedor. É apenas uma máquina mas conseguimos sentir a Máquina, sentir os seus medos, as suas inseguranças e as suas esperanças. Quando o Finch apaga a sua memória e a Máquina implora para que ele não o faça foi bastante triste. Os medos do Finch eram reais e plausíveis. Afinal de contas estamos a ver o que uma IA mal intencionada é capaz de fazer. Mas o Finch construiu a Máquina com um senso de moralidade enorme, com compaixão e valores. Apagar a sua memória todos os dias e não permitindo a Máquina evoluir foi um grande erro, mas um erro compreensível.
Bem, John encontra Root (sabe-se lá como) e dá-se um dos momentos geniais do episódio. Criar um super computador usando várias PS3. Como eu adoro esta série. E se te estás a perguntar se é possível construir um super computador usando consolas, sim, é possível. Pesquisa. Não sei se é verdade que Nova Iorque usa nitrogénio para arrefecer as linhas de electricidade mas mais uma vez foi bastante conveniente terem uma garrafa de nitrogénio ao pé. Esses momentos de escrita preguiçosa fizeram-me torcer o nariz.
Para finalizar tenho de falar da cena de abertura do episódio. Vemos o metro completamente destruído, por isso o Samaritano vai descobrir a base da equipa. A Root diz que tudo o que sobrou foi a sua voz. Será que irão todos morrer? A Root também diz que não sabe se ganharam ou se perderam. Aposto que a Máquina se vai auto destruir e levar o Samaritano com ela. Era o que faria mais sentido para o final. Se assim fosse seria uma vitória e uma perda ao mesmo tempo.
Gostei muito do arranque desta temporada e estou contente por estarmos a ver o final desta jornada. Espero que corresponda às expectativas.