Isuca
Acção, Comédia, Ecchi, Romance, Vida-escolar, Sobrenatural, Seinen
M/18
Japão | 2015
10 episódios
Arms
Kadokawa Shoten Publishing Co.
Shinichiro é um estudante de liceu, este decide procurar um emprego para que possa pagar a renda da casa, e a sua professora aconselha-lhe fazer lidas domésticas na casa de outra pessoa. No entanto essa pessoa é Sakuya, uma caprichosa rapariga, temporariamente líder da trigésima sétima geração da família Shimazu. Ao longo de várias gerações este grupo exorciza e elimina espíritos e demónios. Certo dia Shinichirou acidentalmente liberta uma das criaturas que Sakuya capturou e oferece a sua cooperação para a capturar. Eis que começa a lenda de Sakuya… (Ou daí talvez não)
Nem sei por onde começar a criticar Isuca, tudo é tão mau que vou começar por descrever-vos apenas os minutos iniciais. Encontramos uma mulher bastante atraente apenas de casaco que se encontra frente a frente com um rapaz, como devem prever despe o casaco e está completamente nua, bem nua só nos Blurays claro. Parece ter saído a sorte grande ao rapazinho, acontece que essa mulher é um demónio e acaba por devorá-lo, saiu bem o tiro pela culatra ao rapaz. Ao assistir a esta cena, apercebi-me logo qual o público que Isuca, pretendia alcançar.
Tudo em Isuca é pretexto para pouca roupa, pouco conteúdo, pouco sentido e todas as personagens são clichés andantes. Por exemplo Sakuya é possivelmente das personagens mais previsíveis e irritantes que alguma vez conheci, uma miudinha invejosa, mimada, sem papas na língua e que desrespeita tudo e todos. Como não bastasse é uma idiota que nem sabe o papel que desempenha na família Shimazu, não sabe o que acontece quando se exterminam os monstros, como matá-los, e como actuar, lá tem de um cozinheiro usar as suas beiças enchendo-lhe de poder e salvar o dia. Por falar nisso, Isuca tem das maiores palermices que possam imaginar no que toca a poderes. Sakuya, a sua prima-irmã afastada Suseri, e uma Nekomata (demónio gato) recebem todos os poderes, desculpem o termo através dos linguados profundos de Shinichirou, após “beijarem-se” eu chamaria mais devorarem-se ficam carregadas de poder espiritual! Porque pelo que parece limpar a casa e fazer o jantar enche-te as reservas de mana e do bom!
Também pelo que parece ao beijares uma rapariga, até te recordas das suas vidas passadas (trauma) e do seu nome verdadeiro, e assim que descobres esse nome, inexplicavelmente libertas todo o teu poder! O beijar as diversas raparigas torna-se o elemento principal mas repetitivo, entrando no patamar da idiotice, no momento que tens a tua vida e de todos em risco, porque não enches as reservas de energia vital e salvas o dia? Não posso, gosto de ti, mas não te consigo beijar prefiro morrer, do que morrer de embaraço! Depois com muito muito muito esforço Shinichirou diz a Sakuya: Sakuya mi amore te quiero e ela rapidamente diz-lhe oh si si cariño mio llena-me de energia vital ahhhhhhhh. Como não bastasse em todos os episódios beijam-se pelo menos duas vezes, se ninguém sabe que têm sentimentos um pelo outro vou ali já venho. Talvez o momento que achei mais digamos desfrutável por ser complemente idiota, foi o momento que vou relatar-lhes de seguida:
Shinichirou passa os beiços em profundidade para Tamako, Tamako finta um, finta dois, esta endiabrada a gatinha hoje, segue para o grande metro onde fica frente a frente com um fantasma feito de gás, prepara-se para rematar e…falha! Isolada! Como é possível! o sangue de um dos demónios faz dissolver as suas roupas, tem de ser assistida pela número 3 da Equipa de Shimazu. Mas esperem a jogada continua Shinichirou faz um lance estudado com a sua espada e consegue enganar o fantasma usando o seu intelecto e um pouco do que aprendeu nas aulas de química. A emoção é tanta Shinichirou colapsa, a equipa médica tem de entrar em campo *Wiiiiiiiiuuuuuu* (som da ambulância). O que vale é que a equipa médica de Shimazu tem um curso de reanimação exemplar, enquanto o número 1 de Shimazu, Sakuya, anda aos linguados com Shinichirou as número 2 Tamako e número 3 Suseri é que têm de fazer o trabalhinho de exercícios cardio pulmonares. Este foi apenas um dos episódios de mediocridade presentes, nem sequer falo dos episódios das ratazanas sedentas de libido ou da Limousine do Igor com duas partes de trás!
Tecnicamente Isuca também é um mar de mediocridade, pelo que parece o estúdio arms não sabe posicionar olhos nas personagens do inicio ao fim Shinichirou é estrábico, coitado, usa CGI em mãos, pernas, sapatos e pele de cobra milenar, não sabe o que são proporções e coloca bolas negras a censurar tudo à boa maneira Microsoft Paint. Referente a aspectos sonoros nem isso salva Isuca, a abertura: Never say never, é uma melodia onde a acção nem sequer coincide com a música, e o encerramento, parece ser saído de um estúdio Português porque sem razão aparente surgem mulheres de bigode, o tema é: Somebody to Love Desculpa Isuca procura outro que veja o teu valor não te consigo amar. O resto dos temas no anime são constituídos na maioria por tema de personagens e estão bem enquadrados na acção, vá lá aqui nem tudo é mau.
Isuca é sem dúvida alguma um dos piores animes que alguma vez vi, acreditem que até sou tolerante. É mais uma gota num oceano de “desinspiração”, clichés e falta de uma boa história. Isuca nem sequer teve o principal numa história, um fim! Porque o seu final antevê uma possível segunda temporada, mais valia a produção doar o dinheiro para a caridade.