Ratchet & Clank
Ratchet & Clank
Animação, Ação, Aventura
M/6
05 de Maio de 2016
EUA | 2016
94 min
O destino acabou por juntar duas "pessoas" que revelaram ser heróis da galáxia...
Em pouco tempo Ratchet passou de um simples mecânico para um Ranger da Galáxia. Acompanhado de Clank - os dois juntaram-se ao grupo de heróis do sistema para salvar os planetas e terminar com os planos diabólicos do Blarg Drek e do temível Dr. Nefarious!
Kevin Munroe, Jericca Cleland
T.J. Fixman, Kevin Munroe, Gerry Swallow
James Arnold Taylor, David Kaye, Jim Ward, Rosario Dawson, Vincent Tong, Bella Thorne, Paul Giamatti, Armin Shimerman, Sylvester Stallone, John Goodman, Marc Graue, Alessandro Juliani, Lee Tockar
A nossa dupla imbatível decidiu sair do pequeno ecrã para se estrear no grande e parece que não foi a decisão mais acertada.
Meio mês após o lançamento de Ratchet & Clank para a Playstation 4, a Sony decidiu “brindar-nos” com um filme da franquia para os grandes ecrãs. Com a estreia no passado dia 5 de Maio, o nosso pequeno lombax e o seu amigo mecânico decidiram juntar-se aos heróis da galáxia para salvar o dia!
Quem jogou o jogo que saiu no mês passado certamente se recorda da fantástica experiência que foi voltar a encontrar os nossos heróis. O filme, embora tenha a mesma história do que o jogo da Playstation 4, revelou ser o oposto.
Nem tudo o que funciona em consolas serve para o grande ecrã
Infelizmente, nem tudo o que foi criado para uma consola funciona no grande ecrã. O filme Ratchet & Clank segue a mesma história que o jogo (podes ler a crítica do mesmo, aqui), com algumas adaptações para poder caber no ecrã de cinema. Contudo esta não foi a decisão mais correcta tomada pelo estúdio, a fórmula utilizada para fazer um grande videojogo nem sempre é a mesma de que para um “grande filme”, e isto acabou por se verificar com este!
Voltamos a encontrar Ratchet, Clank, Captain Qwark e companhia numa missão para salvar a galáxia! É tempo de parar o plano do Director Drek de criar um novo planeta, para a sua raça, destruindo outros; e do inimigo jurado de Qwark, Doctor Nefarious, de destruir a galáxia inteira para satisfazer a sua “insanidade” e vingar-se dos Rangers da Galáxia.
Embora haja certas peças do puzzle do jogo que o filme complete, este era desnecessário, ou pelo menos com a narração que nos foi proposta. Porém, nem tudo foi mau. Há alguns momentos em que nos são apresentados dados que não encontramos no jogo, como a origem de Ratchet e o facto de ninguém saber de que raça é, ou de como o Dr. Nefarious apareceu. Os vários easter eggs presentes no filme também são um ponto positivo para os fãs da plataforma – desde a aparição de imagens do Daxter, Sly Cooper e outros heróis, como também do efeito sonoro que todos nós conhecemos ao ligar-mos a nossa primeira Playstation (sim, e este efeito sonoro foi muito bem utilizado dando piada à cena em questão!)
O que não resultou neste filme? Bem…a forma como foi feito! O filme foi mais desenhado para os fãs da saga e utilizadores da Playstation do que para os principiantes do título. Para quem nunca jogou Ratchet & Clank, algumas piadas não serão percebidas – o que quebra completamente o ritmo do filme. Vamos encontrar várias gags ao estilo dos anos 80, como o filme A Mais Louca Odisseia no Espaço (1987) de Mel Brooks, em que temos gags como: “Anúncio feito pelo mau da fita dentro de 3… 2… 1…” – embora não tenha nada contra este género de humor (adorei A Mais Louca Odisseia no Espaço), temos a sensação que neste filme alguns destes gags foram forçados dentro da história, como peças que não pertencem a este puzzle.
Há muito que foi contado e ao mesmo tempo tão pouco. Por norma um jogo de uma consola é grande, muito grande, e, se for bem feito, um filme não chega para contar a sua história. Ratchet & Clank não é excepção, aquilo que deu vida ao jogo não foi transportado para o filme, até porque senão teríamos um filme demasiado grande – sem contar o facto de que várias cenas do filme estão presentes no jogo! Nesta situação a produtora deveria ter apostado noutro tipo de formato, como encontramos em filmes como Final Fantasy VII: Advent Children ou Resident Evil: Degeneração, em que os mesmos se encontravam no universo da série mas com uma história dedicada – o que acabou por resultar bastante bem.
Concluindo, é com grande tristeza que não posso dizer que gostei tanto do filme como do jogo. A nossa dupla de heróis deveria deixar-se ficar pela consola e deixar os grandes ecrãs para grandes jogadores – ou, caso queiram continuar a aventurar-se em filmes, que seja sob forma de conteúdo bónus que venha com o jogo numa versão coleccionador ou algo do género. Pode ser que seja mais divertido explorar a galáxia no futuro.
O que achaste dos nosso heróis no grande ecrã?
Feito para os fãs da série
Optima experiência gráfica
Grande voice acting (versão original)
Humor forçado
História fraca
Falta de ação
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Johanna Breskinha
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Manuel Perez
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