Enquanto a espera por Star Wars: O Despertar da Força fica cada vez menor, Lucasfilm está a partilhar mais e mais sobre o seu muito antecipado filme – novas publicidades televisivas estão a chegar todos os dias, capas de revistas com os heróis e vilões em ação, e uma parceria interativa com o Google foi lançada. Depois de tantos anos, o regresso à galáxia muito, muito distante vai tornar-se uma realidade.
Ninguém está mais aliviado que o coescritor/realizador J.J. Abrams, que está pronto para partilhar o seu filme com os fãs de Star Wars de todo o mundo. Os trailers revelaram muitos sinais encorajantes que Abrams foi capaz de recapturar o vibe da Trilogia Clássica da aventura espacial, mas esses não foram os únicos filmes que ele usou como inspiração.
Na revista Empire, o cineasta revelou que a sua pesquisa foi além de Uma Nova Esperança, O Império Contra-Ataca e O Regresso de Jedi – ele foi influenciado por fontes inesperadas durante a pré-produção para ter uma melhor ideia de como queria que Episódio VII fosse visualmente:
Antes de ele começar O Despertar da Força, Abrams viu alguns filmes. Não, não esses, Outros. Ele olhou para “a confiança” de Westerns de John Ford. Ele absorveu a “inacreditável coreografia de cena e composição” de High and Low de Kurosawa. E estudou “a poderosa quietude” de Terrence Malick. “Não é algo que normalmente pensaria ao chegar a Star Wars,” disse ele. O reservado estilo visual de Ford, Kurosawa e Malick aponta para um mandato chave da abordagem de Abrams para Episódio VII: a qualidade distinta de menos-é-mais dos originais.
Visto filmes serem um meio visual, o «mostra, não contes» é uma ferramenta útil para cineastas terem à sua disposição para informar a audiência – elementos como composição de shots e iluminação podem informar tanto sobre as personagens e situações, fazendo com que as imagens de um filme tenham o potencial de ser muito mais eficazes do que diálogo de exposição. É um positivo desenvolvimento que Abrams queira emular este estilo, e baseado no que se viu até agora, o aspeto do filme já provou uma forte impressão nas audiências.
Abrams também falou sobre a sua abordagem às batalhas de lightsabers de O Despertar da Força – aqueles que acharam que os duelos das prequelas eram um bocado demasiado coreografadas e elaboradas ficarão felizes por saber que Abrams olhou para a natureza «primitiva» dos duelos da Trilogia Original quando estava a planear a batalha de Finn vs. Kylo Ren:
Quando olhas para Star Wars e Império, elas são batalhas de lightsabers muito diferentes, mas para mim sentem-se muito mais poderosas porque não eram tão suaves. Eu esperava conseguir algo muito mais primitivo, agressivo e violento, uma reminiscência do tipo de lutas de lightsabers que paravam o coração que eu me lembrava ser tão encantado quando era miúdo.
Em adição de como as lutas físicas eram retratadas, os duelos da Trilogia Clássica eram tão convincentes pelo que estava a acontecer interiormente para os participantes – frequentemente eram usadas para desenvolver as personagens e dar às audiências um melhor olhar às suas psicologias.
Espera-se que Abrams seja capaz de incorporar esse aspeto em O Despertar da Força, para que as batalhas não sejam só sequências vistosas mas tenham também um impacto significante na história que está a contar – isso seria uma forma ideal de dar a uma nova geração de jovens os seus próprios momentos de «parar o coração».
Star Wars: O Despertar da Força chega aos cinemas a 17 de Dezembro.
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