Ninja Slayer From Animation
ニンジャスレイヤー フロムアニメイシヨン
Acção
M/17
Japão|2015
26 Episódios
Enterbrain
Trigger
Os ninja outrora foram semi-deuses, governado o Japão com as suas artes marciais numa era de tranquilidade. No entanto alguns destes cometeram um crime em forma de hara-kiri depositando as suas almas no templo de Kinkaku para futura ressurreição. Esta é uma história que o tempo apagou e a sua verdade foi esquecida. Agora no futuro a tecnologia e as redes são os novos Deus, certo dia as almas dos outrora sinistros ninjas foram libertadas e espalharam-se por Neo-Saitama. Kenji Fujikido é um homem de negócios, cuja mulher e filho foram assassinados por ninjas. As portas da sua morte este é possuído por uma alma ninja. o Fujikido consegue escapar a morte e torna-se no Ninja Slayer, um ser com um único propósito acabar com todos os ninjas de uma vez por todas!
Akira Amemiya
Bradley Bond e Philip "Ninj@" Morzez
Toshiyuki Morikawa, Saito Chiwa, Sora Amamiya, Sho Hayami, Masane Tsukayama
Domo Cubo Geek San Ninja Slayer Desu.
Numa era cibernética e futurista, o mundo é todo governado por ninjas. O Fujikido é um homem de negócios que perdeu a sua mulher e o filho as mãos de um ninja. Este também quase foi morto, por sorte as portas da morte um espírito de um ninja ressuscitar-o. No entanto, o Fujikido que todos conhecemos morreu. Agora, o Ninja Slayer só tem um objectivo em mente: acabar com todos os ninjas e vingar a sua família. YEEEEEART
Antes de mais, Ninja Slayer é uma light novel de ficção científica escrita por dois autores americanos, o Bradley Bond e o Philip “Ninj@” Morzez. Depois de permitirem a tradução para o público japonês, a Enterbrain publicou o primeiro volume em Setembro de 2012, ilustrado por Warainaku. Mas nem só dos seus até agora catorze volumes vive Ninja Slayer. Desde que entrou em solo japonês, a Enterbrain transformou esta série numa autêntica franchise: podemos encontrar o Ninja Slayer em mangas, figuras, jogos em flash, e agora numa adaptação animada um pouco controversa, como veremos já de seguida. O Ninja Slayer veio para ficar! Wasshoi!
Certamente devem recordar-se de um teaser que vimos antes da sua exibição, um Ninja Slayer From Animation diferente e com melhor animação. No entanto, como a Trigger, o estúdio de animação responsável pelo celebre Kill la Kill, pensava que esta adaptação seria televisiva, o projecto seguiu em frente. Acontece que afinal este Ninja Slayer teria formato de ONA (Online Net Animation), isto é, Animação pela Internet. Mostrar Anime, ou outro conteúdo vídeo pela Internet, é sem dúvida mais complicado, porque se tem de obedecer a um sem número de regras e protocolos. Neste caso, esta adaptação de Ninja Slayer tinha de ser fortemente suavizada, por ser incrivelmente gráfica e sugestiva. Com apenas seis meses até à sua estreia e sem nada na mesa, a produção lembrou-se de outra adaptação com a mesma natureza, porém muito diferente ao mesmo tempo: o Inferno Cop. Conseguiria o seu director, Akira Amemiya, transformar Ninja Slayer a tempo? Vamos ver.
A resposta é, sem dúvida, afirmativa, e gostaria de referir, antes de mais, que o Akira Amemiya é um director subvalorizado e tem um enorme talento, conseguindo fazer o que muitos não conseguem com mais meios e tempo. Este realizador pegou na violência extrema e conteúdo sugestivo de Ninja Slayer, relatando-o com imagens estáticas e gritos estridentes que muito servem para encobrir certos diálogos (YEEEART, AIIIE, ABBA). Imaginem como seria um anime feito na sua maior parte em Powerpoint, com todo o seu conteúdo gráfico presente sem censura, algum fanservice e com algum humor negro. Embora não pareça, esta é uma série extremamente trabalhada ao seu mais ínfimo pormenor. Logo de início vêm-nos à cabeça uma série de perguntas: ”Porque está em formato 4:3? Porque temos grandes planos super aproximados? Porque as personagens cumprimentam-se daquela forma? Porque temos explosões à filme de Micheal Bay?”. A resposta é muito simples: porque o já referido director pegou no núcleo de Ninja Slayer e transformou-o numa espécie de paródia aos filmes ninja/acção dos anos 80.
Ou seja, é apresentado em 4:3 por não existir formato 16:9 em 1980, com grandes planos exagerados, comprimentos excessivos e explosões, tudo clichés de filmes/cultura deste género, levados ao exagero em Ninja Slayer. O seu resultado foi algo muito divertido e, de certa maneira, gratificante e louvável. Também pegou em muita simbologia tradicional dos anos 80/90, como oneliners pirosos, cliff hangers, episódios de recapitulação, e aquele separador delicioso de Transformers.
Para finalizar, dois dos seus “ninjas” (que nada têm de relacionado com ninjas) foram ícones dos anos 80/90, como é o caso do Bebop das Tartarugas Ninja e o Scorpion de Mortal Kombat. Esta foi, sem dúvida, uma obra que apostou fortemente numa cultura americana e urbana, e também num uso muito inteligente da sua publicidade, publicando-a em cartazes espalhados pela cidade de Neo Saitama.
Tivemos também raros momentos Trigger que apareceram ocasionalmente, por uma razão outra, e na sua maioria bem animados, fazendo muitos de nós questionarmos ”Porque não foi sempre assim?”. Simplesmente, segundo a entrevista com a Trigger na revista Coyote, estes eram da adaptação televisiva e foram simplesmente aproveitados. De certa forma, esta obra sabe que é má e utiliza o ser arcaica propositadamente para divertir o espectador.
Para terminar, o Akira Amemiya e a Trigger conseguiram um feito notável: conseguir contar uma história só à base de recortes, mantê-la compreensível para todos, e ao mesmo tempo interessante. Muitos de vocês podem dizer “mas Inferno Cop foi exactamente a mesma coisa”, mas não foi necessariamente. Inferno Cop teve um carisma mais Comic e episódico, ao passo que Ninja Slayer From Animation tem uma representação mais tradicional de como o ocidente vê a cultura ninja oriental, muito notório no discurso do nosso narrador (interpretado por Goblin), em muitas partes piroso, quebrando a quarta parede e, claro, os seus momentos Oh my Buddha! – reparem que até o “Deus” recorrente nesta obra é de natureza oriental.
A história também é do mais cliché e simples possível, basicamente vista como um ninja of the week. O Fujikido Kenji (representado por Toshiyuki Morikawa) é um homem de negócios que perde a sua família e quase acaba morto, não fosse um espírito ninja conferir-lhe poderes, transformando-o no Ninja Slayer, e este parte numa demanda de vingança pessoal. Conta ainda com a ajuda da bela Nancy Lee (interpretada por Saito Chiwa), uma jornalista com um grande segredo. Mais simples e cliché que isto não existe. A única história com alguma seriedade aqui é a da Koki Yamoto (representada por Sora Amamiya), uma jovem estudante e ninja. Até mesmo os rivais do Ninja Slayer são muito do tradicional anos 80, onde por alguma razão o personagem principal tinha sempre um nemesis, e neste caso temos o muito genérico Darkninja (interpretado por Sho Hayami), o braço direito do Laomoto Khan (representado por Masane Tsukayama), que é o principal responsável pela morte da sua família e líder de uma rede mafiosa composta unicamente por ninjas. A respeito de história, nada de novo, mas as suas situações, essas sim são hilariantes.
A animação Ninja Slayer From Animation tem uma banda sonora exemplar, variada e refrescante, facto notável quando muitas das obras nos tempos presentes passam despercebidas. Aposta em faixas compostas por ambiente feudal e rock muito ao estilo da primeira temporada de Naruto. Também a sua abertura e encerramento não ficam nada atrás. Back in Black é o tema de abertura, interpretado pelos Boom Boom Satelites, e como encerramento tivemos vários temas de várias bandas musicais, um diferente no final de cada episódio.
Ninja Slayer From Animation é uma obra peculiar por fazer da sua fraqueza a sua maior qualidade. Mostra uma história simples que consegue prender o espectador, e consegue transmitir animação e movimento com Yeeartes estáticas, factos que mostram o quanto a Trigger é experiente nesta indústria. Se acham que 10 a 15 minutos de YEEARTS, muita diversão e na maioria imagens estáticas, sem sombra de dúvidas que aqui vão encontrar bastante divertimento. Para alguns Ninja Slayer From Animation até pode ser o anime do YYYYEEEAR AIIIEEEE! Despeço-me com um dos pontos mais altos desta obra os YEEAAARTS!!!!
Quantos YEEARTS gritou o Ninja Slayer ao longo de toda a série?
Animação rudimentar mas interessante
História simples mas bem contada
Divertido
Conteúdo adulto encoberto sem censura
Banda sonora
Animação estática ao estilo PowerPoint
História simples
Repetitivo
Mesmos conceitos do início ao fim